Tem um queniano correndo entre nós: atletismo e migração no Brasil

O objetivo da pesquisa foi analisar a movimentação migratória de esportistas estrangeiros do atletismo, sobretudo os de nacionalidades africanas, face ao seu sucesso em corridas de rua disputadas nas grandes cidades brasileiras. Focamos nossas análises na fala dos técnicos brasileiros de nível internacional que trabalham ou não com este grupo. Os resultados demonstram que os técnicos que treinam os atletas estrangeiros são contrários as normas reguladoras em vigor e que limitam a participação destes. Os técnicos centrados em atletas nacionais defendem as normas estabelecidas pela entidade responsável pelo esporte no país. Como conclusão, consideramos que um esporte individual como o atletismo que se estrutura à margem da identidade clubística, parece estar operando por parte de seus protagonistas sob o guarda chuva protetor do nacionalismo em que o atleta local deve ser defendido mediante reserva do mercado, contra a participação de atletas estrangeiros, sobretudo, na figura dos africanos.

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Main Authors: Ribeiro,Carlos, Lovisolo,Hugo, Gomes,Alberto, Sant'anna,Andrezza
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-55092013000300007
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spelling oai:scielo:S1807-550920130003000072013-10-01Tem um queniano correndo entre nós: atletismo e migração no BrasilRibeiro,CarlosLovisolo,HugoGomes,AlbertoSant'anna,Andrezza Atletismo Migração Nacionalismo O objetivo da pesquisa foi analisar a movimentação migratória de esportistas estrangeiros do atletismo, sobretudo os de nacionalidades africanas, face ao seu sucesso em corridas de rua disputadas nas grandes cidades brasileiras. Focamos nossas análises na fala dos técnicos brasileiros de nível internacional que trabalham ou não com este grupo. Os resultados demonstram que os técnicos que treinam os atletas estrangeiros são contrários as normas reguladoras em vigor e que limitam a participação destes. Os técnicos centrados em atletas nacionais defendem as normas estabelecidas pela entidade responsável pelo esporte no país. Como conclusão, consideramos que um esporte individual como o atletismo que se estrutura à margem da identidade clubística, parece estar operando por parte de seus protagonistas sob o guarda chuva protetor do nacionalismo em que o atleta local deve ser defendido mediante reserva do mercado, contra a participação de atletas estrangeiros, sobretudo, na figura dos africanos.info:eu-repo/semantics/openAccessEscola de Educação Física e Esporte da Universidade de São PauloRevista Brasileira de Educação Física e Esporte v.27 n.3 20132013-09-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-55092013000300007pt10.1590/S1807-55092013000300007
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