Yves Klein, Ícaro do modernismo

Consideramos a obra de Yves Klein como uma (das últimas) poética(s) moderna(s) ao reconhecer a polaridade entre cor e vazio do monocromo junto ao tópos do instante. Apoiados no conceito de suddenness do crítico literário Karl-Heinz Bohrer, identificamos, entre a saturação máxima do azul e o vazio (emergência e potência da forma), experiência do presente absoluto equivalente à produção do novo. Nos anos 60, porém, esse coeficiente do novo começa a ser cada vez mais rapidamente apropriado pelo discurso cultural. Klein se apega então aos instantes que “insistem em nos abandonar” (Cioran) através de uma “farsa monocromo”.

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Bibliographic Details
Main Author: Torres,Fernanda Lopes
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-53202013000100096
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Summary:Consideramos a obra de Yves Klein como uma (das últimas) poética(s) moderna(s) ao reconhecer a polaridade entre cor e vazio do monocromo junto ao tópos do instante. Apoiados no conceito de suddenness do crítico literário Karl-Heinz Bohrer, identificamos, entre a saturação máxima do azul e o vazio (emergência e potência da forma), experiência do presente absoluto equivalente à produção do novo. Nos anos 60, porém, esse coeficiente do novo começa a ser cada vez mais rapidamente apropriado pelo discurso cultural. Klein se apega então aos instantes que “insistem em nos abandonar” (Cioran) através de uma “farsa monocromo”.