Uma importante revisão sobre o impacto de agroquímicos da cultura de arroz em peixes
Na lavoura arrozeira, o uso de agroquímicos no controle de plantas daninhas e insetos é recomendado para garantir maior produtividade. Entretanto, sua utilização pode acarretar uma série de efeitos em organismos não alvos, como os peixes. Deste modo, esta revisão tem como objetivo analisar os dados existentes sobre os efeitos dos agroquímicos utilizados no cultivo de arroz em peixes, de modo a propor estratégias que minimizem seu impacto. Existe grande variação entre os agroquímicos testados quanto à toxicidade, sendo a determinação da concentração letal mediana em 96 horas apenas uma estimativa inicial para estudos adicionais, uma vez que para muitos deles concentrações inferiores podem provocar alterações bioquímicas nos tecidos dos peixes, as quais se mostram mais efetivas como biomarcadores. Para minimizar o impacto dos agroquímicos deve-se utilizar sempre a dose mínima recomendada, e manter estática a lâmina de água do cultivo por um período mínimo de duas semanas após a aplicação, de modo que o princípio ativo seja degradado, reduzindo a toxicidade. Além disso, o manejo integrado de pragas é recomendando, bem como a rizipiscicultura, a qual evita a utilização dos agroquímicos e em alguns casos pode promover um rendimento semelhante.
Main Authors: | , , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP
2009
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032009000400023 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Na lavoura arrozeira, o uso de agroquímicos no controle de plantas daninhas e insetos é recomendado para garantir maior produtividade. Entretanto, sua utilização pode acarretar uma série de efeitos em organismos não alvos, como os peixes. Deste modo, esta revisão tem como objetivo analisar os dados existentes sobre os efeitos dos agroquímicos utilizados no cultivo de arroz em peixes, de modo a propor estratégias que minimizem seu impacto. Existe grande variação entre os agroquímicos testados quanto à toxicidade, sendo a determinação da concentração letal mediana em 96 horas apenas uma estimativa inicial para estudos adicionais, uma vez que para muitos deles concentrações inferiores podem provocar alterações bioquímicas nos tecidos dos peixes, as quais se mostram mais efetivas como biomarcadores. Para minimizar o impacto dos agroquímicos deve-se utilizar sempre a dose mínima recomendada, e manter estática a lâmina de água do cultivo por um período mínimo de duas semanas após a aplicação, de modo que o princípio ativo seja degradado, reduzindo a toxicidade. Além disso, o manejo integrado de pragas é recomendando, bem como a rizipiscicultura, a qual evita a utilização dos agroquímicos e em alguns casos pode promover um rendimento semelhante. |
---|