Cyberstalking entre adolescentes: uma nova forma de assédio e perseguição?
Com a crescente difusão das tecnologias de informação e comunicação, fenómenos como o cyberstalking começam a ter maior expressão e visibilidade social, podendo ter como alvos adultos, crianças e/ou adolescentes. A par do consenso na literatura sobre os pressupostos centrais do cyberstalking (e.g., persistência, intenção, deliberação, indesejabilidade), persiste uma enorme controvérsia em torno da sua definição. O presente artigo procura contribuir para a clarificação dessas inconsistências e para a demarcação do conceito, mormente do fenómeno de cyberbullying. Um conjunto de elementos que tipificam o cyberstalking estão refletidos neste trabalho. Estes devem ser considerados na sua triagem, análise e no plano de atuação junto dos atores, assim como em programas de prevenção dirigidos a adolescentes que visam a educação para uma saúde em termos globais, tal como a define a Organização Mundial de Saúde (OMS). Reflete-se ainda criticamente acerca dos elementos comuns e divergentes entre o cyberstalking e outras formas de vitimação online (e.g., sexting, cyberbullying). Conclui-se que o cyberstalking está presente entre os adolescentes e não deve ser considerada uma dimensão menor de vitimação nesse grupo. Pelo contrário, é uma forma de perseguição inovadora face ao stalking no mundo real e distinta do cyberbullying.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde
2015
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862015000100007 |
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