Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante

O exercício agudo pode resultar em hipotensão pós-exercício (HPE), que tem sido observada em normotensos e hipertensos, especialmente após exercícios contínuos (intensidade baixa a moderada). O objetivo foi comparar os efeitos hipotensores de exercícios de intensidade variada (EIV) e constante (EIC) e verificar se EIV potencializa a HPE. Onze hipertensos (56,8 ± 2,6 anos; IMC = 26,5 ± 0,3kg/m²) foram submetidos a teste ergométrico (TE) e a duas sessões de exercícios submáximos em esteira (45 min), em dias distintos e com intervalo de 48h, sendo uma sessão de EIV alternando-se 2 min a 55,9 ± 2,6% e 1 min a 74,5 ± 4,0% da reserva de freqüência cardíaca (RFC) e uma sessão de EIC a 60 ± 2,5% da RFC. Em ambas as sessões os participantes permaneciam em repouso por 10 min (rep) para aferição da pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC), e então executaram 5 min de aquecimento seguidos de 45 min de EIV ou EIC. A PA e a FC foram monitoradas a cada 5 min de exercício e aos 5, 10, 15, 30, 60, 90 e 120 min de recuperação pós-exercício (rec). ANOVA e teste t de Student evidenciaram HPE de pressão arterial sistólica (PAS) após ambas as sessões (p < 0,001) e em todos momentos de rec, não havendo diferenças significativas entre EIC e EIV. A pressão arterial diastólica (PAD) apresentou HPE apenas após EIC aos 5, 10, 15 e 30 min de rec (p < 0,05), não sendo observada após EIV. HPE de pressão arterial média (PAM) foi observada após EIC e EIV em todos os momentos de rec. Apesar de as sessões resultarem em HPE semelhante para PAS, o EIC resultou em HPE de PAD e redução mais duradoura de PAM em relação ao EIV. Como nenhuma diferença fora observada entre os tratamentos para os valores de PA durante o período de rec, os autores concluem que o EIV não potencializa o efeito hipotensor pós-exercício quando comparado com o EIC.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Cunha,Gisela Arsa da, Rios,Aline Cristina Santos, Moreno,Juliano Rodrigues, Braga,Pedro Luiz, Campbell,Carmen Silvia Grubert, Simões,Herbert Gustavo, Denadai,Mara Lucy Dompietro Ruiz
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922006000600003
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1517-86922006000600003
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1517-869220060006000032008-04-01Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constanteCunha,Gisela Arsa daRios,Aline Cristina SantosMoreno,Juliano RodriguesBraga,Pedro LuizCampbell,Carmen Silvia GrubertSimões,Herbert GustavoDenadai,Mara Lucy Dompietro Ruiz Hipotensão pós-exercício Hipertensão arterial Esteira ergométrica Variação de intensidade O exercício agudo pode resultar em hipotensão pós-exercício (HPE), que tem sido observada em normotensos e hipertensos, especialmente após exercícios contínuos (intensidade baixa a moderada). O objetivo foi comparar os efeitos hipotensores de exercícios de intensidade variada (EIV) e constante (EIC) e verificar se EIV potencializa a HPE. Onze hipertensos (56,8 ± 2,6 anos; IMC = 26,5 ± 0,3kg/m²) foram submetidos a teste ergométrico (TE) e a duas sessões de exercícios submáximos em esteira (45 min), em dias distintos e com intervalo de 48h, sendo uma sessão de EIV alternando-se 2 min a 55,9 ± 2,6% e 1 min a 74,5 ± 4,0% da reserva de freqüência cardíaca (RFC) e uma sessão de EIC a 60 ± 2,5% da RFC. Em ambas as sessões os participantes permaneciam em repouso por 10 min (rep) para aferição da pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC), e então executaram 5 min de aquecimento seguidos de 45 min de EIV ou EIC. A PA e a FC foram monitoradas a cada 5 min de exercício e aos 5, 10, 15, 30, 60, 90 e 120 min de recuperação pós-exercício (rec). ANOVA e teste t de Student evidenciaram HPE de pressão arterial sistólica (PAS) após ambas as sessões (p < 0,001) e em todos momentos de rec, não havendo diferenças significativas entre EIC e EIV. A pressão arterial diastólica (PAD) apresentou HPE apenas após EIC aos 5, 10, 15 e 30 min de rec (p < 0,05), não sendo observada após EIV. HPE de pressão arterial média (PAM) foi observada após EIC e EIV em todos os momentos de rec. Apesar de as sessões resultarem em HPE semelhante para PAS, o EIC resultou em HPE de PAD e redução mais duradoura de PAM em relação ao EIV. Como nenhuma diferença fora observada entre os tratamentos para os valores de PA durante o período de rec, os autores concluem que o EIV não potencializa o efeito hipotensor pós-exercício quando comparado com o EIC.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do EsporteRevista Brasileira de Medicina do Esporte v.12 n.6 20062006-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922006000600003pt10.1590/S1517-86922006000600003
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Cunha,Gisela Arsa da
Rios,Aline Cristina Santos
Moreno,Juliano Rodrigues
Braga,Pedro Luiz
Campbell,Carmen Silvia Grubert
Simões,Herbert Gustavo
Denadai,Mara Lucy Dompietro Ruiz
spellingShingle Cunha,Gisela Arsa da
Rios,Aline Cristina Santos
Moreno,Juliano Rodrigues
Braga,Pedro Luiz
Campbell,Carmen Silvia Grubert
Simões,Herbert Gustavo
Denadai,Mara Lucy Dompietro Ruiz
Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante
author_facet Cunha,Gisela Arsa da
Rios,Aline Cristina Santos
Moreno,Juliano Rodrigues
Braga,Pedro Luiz
Campbell,Carmen Silvia Grubert
Simões,Herbert Gustavo
Denadai,Mara Lucy Dompietro Ruiz
author_sort Cunha,Gisela Arsa da
title Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante
title_short Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante
title_full Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante
title_fullStr Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante
title_full_unstemmed Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante
title_sort hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante
description O exercício agudo pode resultar em hipotensão pós-exercício (HPE), que tem sido observada em normotensos e hipertensos, especialmente após exercícios contínuos (intensidade baixa a moderada). O objetivo foi comparar os efeitos hipotensores de exercícios de intensidade variada (EIV) e constante (EIC) e verificar se EIV potencializa a HPE. Onze hipertensos (56,8 ± 2,6 anos; IMC = 26,5 ± 0,3kg/m²) foram submetidos a teste ergométrico (TE) e a duas sessões de exercícios submáximos em esteira (45 min), em dias distintos e com intervalo de 48h, sendo uma sessão de EIV alternando-se 2 min a 55,9 ± 2,6% e 1 min a 74,5 ± 4,0% da reserva de freqüência cardíaca (RFC) e uma sessão de EIC a 60 ± 2,5% da RFC. Em ambas as sessões os participantes permaneciam em repouso por 10 min (rep) para aferição da pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC), e então executaram 5 min de aquecimento seguidos de 45 min de EIV ou EIC. A PA e a FC foram monitoradas a cada 5 min de exercício e aos 5, 10, 15, 30, 60, 90 e 120 min de recuperação pós-exercício (rec). ANOVA e teste t de Student evidenciaram HPE de pressão arterial sistólica (PAS) após ambas as sessões (p < 0,001) e em todos momentos de rec, não havendo diferenças significativas entre EIC e EIV. A pressão arterial diastólica (PAD) apresentou HPE apenas após EIC aos 5, 10, 15 e 30 min de rec (p < 0,05), não sendo observada após EIV. HPE de pressão arterial média (PAM) foi observada após EIC e EIV em todos os momentos de rec. Apesar de as sessões resultarem em HPE semelhante para PAS, o EIC resultou em HPE de PAD e redução mais duradoura de PAM em relação ao EIV. Como nenhuma diferença fora observada entre os tratamentos para os valores de PA durante o período de rec, os autores concluem que o EIV não potencializa o efeito hipotensor pós-exercício quando comparado com o EIC.
publisher Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
publishDate 2006
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922006000600003
work_keys_str_mv AT cunhagiselaarsada hipotensaoposexercicioemhipertensossubmetidosaoexercicioaerobiodeintensidadesvariadaseexerciciodeintensidadeconstante
AT riosalinecristinasantos hipotensaoposexercicioemhipertensossubmetidosaoexercicioaerobiodeintensidadesvariadaseexerciciodeintensidadeconstante
AT morenojulianorodrigues hipotensaoposexercicioemhipertensossubmetidosaoexercicioaerobiodeintensidadesvariadaseexerciciodeintensidadeconstante
AT bragapedroluiz hipotensaoposexercicioemhipertensossubmetidosaoexercicioaerobiodeintensidadesvariadaseexerciciodeintensidadeconstante
AT campbellcarmensilviagrubert hipotensaoposexercicioemhipertensossubmetidosaoexercicioaerobiodeintensidadesvariadaseexerciciodeintensidadeconstante
AT simoesherbertgustavo hipotensaoposexercicioemhipertensossubmetidosaoexercicioaerobiodeintensidadesvariadaseexerciciodeintensidadeconstante
AT denadaimaralucydompietroruiz hipotensaoposexercicioemhipertensossubmetidosaoexercicioaerobiodeintensidadesvariadaseexerciciodeintensidadeconstante
_version_ 1756425211706605568