O sistema imunológico (I): conceitos gerais, adaptação ao exercício físico e implicações clínicas

A atividade física está associada a variações do comportamento fisiológico, psicológico e do sistema neuroendócrino. A prática desportiva regular (não competitiva) produz diversos benefícios para a saúde; no entanto, os esportes de competição geram uma grande ansiedade que é acompanhada por diversas alterações neuroendócrinas e cardiovasculares que contribuem para distúrbios do sistema imunológico. A qualidade e a intensidade dessas alterações parecem depender da intensidade e duração do exercício, podendo modificar a atividade, a resposta metabólica e a liberação de neurotransmissores e hormônios. O "estresse" produzido pelo exercício físico intenso e sustentado é acompanhado por um aumento da descarga de catecolaminas (adrenalina e noradreanalina), que exercem influência sobre uma série de processos fisiológicos, representando um fator a mais na modulação da imunidade. As alterações da função imunológica podem ser acompanhadas por alterações gerais e tissulares locais que cursam com patologia inflamatória. Em conseqüência ao estado inflamatório gerado pelo exercício, as alterações da função imunológica são seguidas por modificações sistêmicas caracterizadas por hipertermia, astenia, predisposição a infecções, fadiga e alterações tissulares, que conduzem a uma redução do desempenho desportivo. A realização de regimes de imunomodulação nesses desportistas pode prevenir e auxiliar na recuperação da inflamação e dano tissular.

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Bibliographic Details
Main Authors: Córdova Martínez,Alfredo, Alvarez-Mon,Melchor
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte 1999
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86921999000300010
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Summary:A atividade física está associada a variações do comportamento fisiológico, psicológico e do sistema neuroendócrino. A prática desportiva regular (não competitiva) produz diversos benefícios para a saúde; no entanto, os esportes de competição geram uma grande ansiedade que é acompanhada por diversas alterações neuroendócrinas e cardiovasculares que contribuem para distúrbios do sistema imunológico. A qualidade e a intensidade dessas alterações parecem depender da intensidade e duração do exercício, podendo modificar a atividade, a resposta metabólica e a liberação de neurotransmissores e hormônios. O "estresse" produzido pelo exercício físico intenso e sustentado é acompanhado por um aumento da descarga de catecolaminas (adrenalina e noradreanalina), que exercem influência sobre uma série de processos fisiológicos, representando um fator a mais na modulação da imunidade. As alterações da função imunológica podem ser acompanhadas por alterações gerais e tissulares locais que cursam com patologia inflamatória. Em conseqüência ao estado inflamatório gerado pelo exercício, as alterações da função imunológica são seguidas por modificações sistêmicas caracterizadas por hipertermia, astenia, predisposição a infecções, fadiga e alterações tissulares, que conduzem a uma redução do desempenho desportivo. A realização de regimes de imunomodulação nesses desportistas pode prevenir e auxiliar na recuperação da inflamação e dano tissular.