Ansiedade social e abuso de propranolol: relato de caso
Paciente com grave ansiedade social automedicou-se com propranolol durante seis anos, em doses de até 320 mg/d. Além do tratamento psicanalítico que já havia iniciado, foi tratada com tranilcipromina, apresentando melhora parcial do quadro fóbico e do abuso do betabloqueador. Após introdução de paroxetina, houve melhora ainda mais pronunciada. Apesar da automedicação com uma substância potencialmente eficaz em alguns casos, perpetuou-se durante anos um grave padrão fóbico de comportamento. O caso exemplifica as dificuldades de procura de tratamento específico pela população de fóbicos sociais. Levanta-se a hipótese da existência de uma prática crescente de automedicação com betabloqueadores entre fóbicos sociais e pessoas com ansiedade de desempenho, problema cuja relevância para a saúde pública ainda não foi pesquisada.
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Published: |
Associação Brasileira de Psiquiatria
2003
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oai:scielo:S1516-444620030004000092004-01-15Ansiedade social e abuso de propranolol: relato de casoFontanella,Bruno José Barcellos Propranolol Transtornos fóbicos Abuso de substâncias Automedicação Fobia social Paciente com grave ansiedade social automedicou-se com propranolol durante seis anos, em doses de até 320 mg/d. Além do tratamento psicanalítico que já havia iniciado, foi tratada com tranilcipromina, apresentando melhora parcial do quadro fóbico e do abuso do betabloqueador. Após introdução de paroxetina, houve melhora ainda mais pronunciada. Apesar da automedicação com uma substância potencialmente eficaz em alguns casos, perpetuou-se durante anos um grave padrão fóbico de comportamento. O caso exemplifica as dificuldades de procura de tratamento específico pela população de fóbicos sociais. Levanta-se a hipótese da existência de uma prática crescente de automedicação com betabloqueadores entre fóbicos sociais e pessoas com ansiedade de desempenho, problema cuja relevância para a saúde pública ainda não foi pesquisada.info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação Brasileira de PsiquiatriaBrazilian Journal of Psychiatry v.25 n.4 20032003-10-01info:eu-repo/semantics/reporttext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462003000400009pt10.1590/S1516-44462003000400009 |
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Paciente com grave ansiedade social automedicou-se com propranolol durante seis anos, em doses de até 320 mg/d. Além do tratamento psicanalítico que já havia iniciado, foi tratada com tranilcipromina, apresentando melhora parcial do quadro fóbico e do abuso do betabloqueador. Após introdução de paroxetina, houve melhora ainda mais pronunciada. Apesar da automedicação com uma substância potencialmente eficaz em alguns casos, perpetuou-se durante anos um grave padrão fóbico de comportamento. O caso exemplifica as dificuldades de procura de tratamento específico pela população de fóbicos sociais. Levanta-se a hipótese da existência de uma prática crescente de automedicação com betabloqueadores entre fóbicos sociais e pessoas com ansiedade de desempenho, problema cuja relevância para a saúde pública ainda não foi pesquisada. |
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