Relação entre gravidade do desvio fonológico e fatores familiares
OBJETIVO: analisar a relação entre os fatores familiares e as diferentes gravidades. MÉTODOS: foram analisadas entrevistas iniciais, realizadas com base em um protocolo padronizado que incluía questões referentes à história gestacional, a antecedentes patológicos familiares e ao relacionamento familiar de 152 crianças com desvio fonológico, com idades entre 4:0 a 8:0 anos. Os fatores familiares investigados foram: gravidez não planejada; dependência (de um dos pais e/ou ambos) de álcool e/ou drogas; distúrbios de fala, linguagem, e/ou audição apresentados por pais e/ou familiares de primeiro grau; distúrbios psicológicos apresentados pelos pais; pais separados; pai ausente e perda de parentes próximos. Em seguida, a gravidade do desvio fonológico foi calculada segundo o Percentual de Consoantes Corretas-Revisado e, classificada em quatro grupos: desvio leve (n=49), leve-moderado (n=67), moderado-grave (n=24), grave (n=12). Por fim, os dados foram tabulados e submetidos a tratamento estatístico, utilizando o teste Exato de Fisher, considerando-se p<0,05. RESULTADOS: verificou-se um predomínio do grupo com grau moderado-grave para os aspectos gravidez não planejada, dependência de álcool e/ou drogas, e presença de distúrbios de fala, linguagem e/ou audição em familiares, pais separados, pais ausentes e perda de parentes. Contudo essa diferença não foi estatisticamente significante. Para o aspecto distúrbios psicológicos, houve predomínio para o grupo de grau leve com diferença estatisticamente significante. CONCLUSÃO: os aspectos familiares estudados parecem não ter relação direta com a gravidade do desvio fonológico, com exceção de distúrbios psicológicos. Contudo, a investigação de aspectos familiares em crianças com desvio fonológico não deixa de ser importante para conduzir melhor o tratamento.
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Format: | Digital revista |
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ABRAMO Associação Brasileira de Motricidade Orofacial
2011
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oai:scielo:S1516-184620110003000042011-07-04Relação entre gravidade do desvio fonológico e fatores familiaresPagliarin,Karina CarlessoBrancalioni,Ana RitaKeske-Soares,MárciaSouza,Ana Paula Ramos de Crianças Fala Distúrbios da fala Relações Familiares OBJETIVO: analisar a relação entre os fatores familiares e as diferentes gravidades. MÉTODOS: foram analisadas entrevistas iniciais, realizadas com base em um protocolo padronizado que incluía questões referentes à história gestacional, a antecedentes patológicos familiares e ao relacionamento familiar de 152 crianças com desvio fonológico, com idades entre 4:0 a 8:0 anos. Os fatores familiares investigados foram: gravidez não planejada; dependência (de um dos pais e/ou ambos) de álcool e/ou drogas; distúrbios de fala, linguagem, e/ou audição apresentados por pais e/ou familiares de primeiro grau; distúrbios psicológicos apresentados pelos pais; pais separados; pai ausente e perda de parentes próximos. Em seguida, a gravidade do desvio fonológico foi calculada segundo o Percentual de Consoantes Corretas-Revisado e, classificada em quatro grupos: desvio leve (n=49), leve-moderado (n=67), moderado-grave (n=24), grave (n=12). Por fim, os dados foram tabulados e submetidos a tratamento estatístico, utilizando o teste Exato de Fisher, considerando-se p<0,05. RESULTADOS: verificou-se um predomínio do grupo com grau moderado-grave para os aspectos gravidez não planejada, dependência de álcool e/ou drogas, e presença de distúrbios de fala, linguagem e/ou audição em familiares, pais separados, pais ausentes e perda de parentes. Contudo essa diferença não foi estatisticamente significante. Para o aspecto distúrbios psicológicos, houve predomínio para o grupo de grau leve com diferença estatisticamente significante. CONCLUSÃO: os aspectos familiares estudados parecem não ter relação direta com a gravidade do desvio fonológico, com exceção de distúrbios psicológicos. Contudo, a investigação de aspectos familiares em crianças com desvio fonológico não deixa de ser importante para conduzir melhor o tratamento.info:eu-repo/semantics/openAccessABRAMO Associação Brasileira de Motricidade OrofacialRevista CEFAC v.13 n.3 20112011-06-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462011000300004pt10.1590/S1516-18462010005000066 |
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