Trabalho psíquico do exílio: o corpo à prova da transição

RESUMO:O artigo apresenta considerações sobre a intervenção terapêutica de indivíduos refugiados no Brasil junto ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Frente a situações de reassentamento solidário dos refugiados de diferentes culturas, observamos que a especificidade do trauma do exílio convoca o sujeito a exprimir no corpo o conflito decorrente de sua situação de deslocamento. O trabalho analítico entra em jogo quando outra linguagem é necessária para fazer falar o sofrimento destes indivíduos. Nossa hipótese de investigação reside em compreender como as manifestações somáticas apresentadas por tais sujeitos estão imbricadas no sintoma de desenraizamento identitário do exílio.

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Bibliographic Details
Main Authors: Indursky,Alexei Conte, Conte,Bárbara de Souza
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982015000200273
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Summary:RESUMO:O artigo apresenta considerações sobre a intervenção terapêutica de indivíduos refugiados no Brasil junto ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Frente a situações de reassentamento solidário dos refugiados de diferentes culturas, observamos que a especificidade do trauma do exílio convoca o sujeito a exprimir no corpo o conflito decorrente de sua situação de deslocamento. O trabalho analítico entra em jogo quando outra linguagem é necessária para fazer falar o sofrimento destes indivíduos. Nossa hipótese de investigação reside em compreender como as manifestações somáticas apresentadas por tais sujeitos estão imbricadas no sintoma de desenraizamento identitário do exílio.