O TRANSEXUALISMO COMO SUPLÊNCIA NA PSICOSE

Pretende-se demonstrar que o sujeito psicótico, persuadido a se transformar em mulher, pode fazer do transexualismo uma suplência, na medida em que pode resolver sua dissociação corporal e psíquica ao fazer-se existir enquanto mulher no campo social. Nosso método consiste em comparar a saída do empuxo-à-mulher no delírio de metamorfose paranoica com o arranjo que ele faz no transexualismo. Nossos resultados mostram que essas duas clínicas distintas estão fundadas em uma base comum, que é a de regular o excesso de gozo não regulado pela função fálica. A discussão mostra que o transexualismo se distingue do delírio, fazendo da exceção feminina aquilo que articula as dimensões imaginária e simbólica. Como conclusão, o transexualismo regula o empuxo-à-mulher e permite ao sujeito a constituição de uma nova identidade que une o gozo do corpo e dá a ele um nome.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Westphal,Laure
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982015000100011
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1516-14982015000100011
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1516-149820150001000112015-10-05O TRANSEXUALISMO COMO SUPLÊNCIA NA PSICOSEWestphal,Laure Psicose transexualismo empuxo-à-mulher suplência Pretende-se demonstrar que o sujeito psicótico, persuadido a se transformar em mulher, pode fazer do transexualismo uma suplência, na medida em que pode resolver sua dissociação corporal e psíquica ao fazer-se existir enquanto mulher no campo social. Nosso método consiste em comparar a saída do empuxo-à-mulher no delírio de metamorfose paranoica com o arranjo que ele faz no transexualismo. Nossos resultados mostram que essas duas clínicas distintas estão fundadas em uma base comum, que é a de regular o excesso de gozo não regulado pela função fálica. A discussão mostra que o transexualismo se distingue do delírio, fazendo da exceção feminina aquilo que articula as dimensões imaginária e simbólica. Como conclusão, o transexualismo regula o empuxo-à-mulher e permite ao sujeito a constituição de uma nova identidade que une o gozo do corpo e dá a ele um nome.info:eu-repo/semantics/openAccessPrograma de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJÁgora: Estudos em Teoria Psicanalítica v.18 n.1 20152015-06-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982015000100011pt10.1590/S1516-14982015000100002
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Westphal,Laure
spellingShingle Westphal,Laure
O TRANSEXUALISMO COMO SUPLÊNCIA NA PSICOSE
author_facet Westphal,Laure
author_sort Westphal,Laure
title O TRANSEXUALISMO COMO SUPLÊNCIA NA PSICOSE
title_short O TRANSEXUALISMO COMO SUPLÊNCIA NA PSICOSE
title_full O TRANSEXUALISMO COMO SUPLÊNCIA NA PSICOSE
title_fullStr O TRANSEXUALISMO COMO SUPLÊNCIA NA PSICOSE
title_full_unstemmed O TRANSEXUALISMO COMO SUPLÊNCIA NA PSICOSE
title_sort o transexualismo como suplência na psicose
description Pretende-se demonstrar que o sujeito psicótico, persuadido a se transformar em mulher, pode fazer do transexualismo uma suplência, na medida em que pode resolver sua dissociação corporal e psíquica ao fazer-se existir enquanto mulher no campo social. Nosso método consiste em comparar a saída do empuxo-à-mulher no delírio de metamorfose paranoica com o arranjo que ele faz no transexualismo. Nossos resultados mostram que essas duas clínicas distintas estão fundadas em uma base comum, que é a de regular o excesso de gozo não regulado pela função fálica. A discussão mostra que o transexualismo se distingue do delírio, fazendo da exceção feminina aquilo que articula as dimensões imaginária e simbólica. Como conclusão, o transexualismo regula o empuxo-à-mulher e permite ao sujeito a constituição de uma nova identidade que une o gozo do corpo e dá a ele um nome.
publisher Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
publishDate 2015
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982015000100011
work_keys_str_mv AT westphallaure otransexualismocomosuplencianapsicose
_version_ 1756421011476054016