Fitoterápicos na odontologia: estudo etnobotânico na cidade de Manaus
O reconhecimento oficial da fitoterapia na odontologia no Brasil veio acompanhado de diversas lacunas na pesquisa científica e na utilização de plantas medicinais, especificamente para espécies vegetais com aplicação nas doenças da cavidade oral. O estado do Amazonas, especificamente a cidade de Manaus, não possui um diagnóstico da aplicabilidade de plantas medicinais nos serviços de atenção Odontológica. Esse estudo propôs realizar um estudo do tipo quali-quantitativo, descritivo e exploratório visando o levantamento da comercialização de plantas medicinais e o estudo etnobotânico para identificação das principais plantas medicinais indicadas e utilizadas nas patologias orais nos atendimentos odontológicos ambulatoriais na cidade de Manaus. Foram entrevistados 197 usuários do serviço odontológico, 150 Cirurgiões-Dentistas, e 47 comerciantes credenciados na prefeitura Municipal de Manaus. A amostragem foi realizada por acessibilidade ou conveniência para os Cirurgiões-Dentistas, enquanto os usuários foram selecionados através de amostragem aleatória simples, e os comerciantes de plantas medicinais foram entrevistados em sua totalidade. Os resultados demonstraram a existência de comercialização de plantas medicinais para patologias orais, destacando-se as seguintes espécies: Pedra ume cãa (Aulomyrcia sphareocarpa), Crajiru (Arrabidae chica), além da planta, sem identificação botânica, conhecida popularmente como Sara tudo. Entre os Cirurgiões-Dentistas e entre os pacientes, apenas 8% e 7,61%, respectivamente, utilizaram plantas medicinais para alterações patológicas orais. Os autores concluíram que as plantas medicinais comercializadas na cidade de Manaus são utilizadas de maneira empírica e que, apesar da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), novas políticas públicas de saúde devem inserir plantas medicinais e fitoterápicos de uso oral na rede pública de saúde na cidade de Manaus.
Main Authors: | , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais
2013
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722013000400007 |
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Summary: | O reconhecimento oficial da fitoterapia na odontologia no Brasil veio acompanhado de diversas lacunas na pesquisa científica e na utilização de plantas medicinais, especificamente para espécies vegetais com aplicação nas doenças da cavidade oral. O estado do Amazonas, especificamente a cidade de Manaus, não possui um diagnóstico da aplicabilidade de plantas medicinais nos serviços de atenção Odontológica. Esse estudo propôs realizar um estudo do tipo quali-quantitativo, descritivo e exploratório visando o levantamento da comercialização de plantas medicinais e o estudo etnobotânico para identificação das principais plantas medicinais indicadas e utilizadas nas patologias orais nos atendimentos odontológicos ambulatoriais na cidade de Manaus. Foram entrevistados 197 usuários do serviço odontológico, 150 Cirurgiões-Dentistas, e 47 comerciantes credenciados na prefeitura Municipal de Manaus. A amostragem foi realizada por acessibilidade ou conveniência para os Cirurgiões-Dentistas, enquanto os usuários foram selecionados através de amostragem aleatória simples, e os comerciantes de plantas medicinais foram entrevistados em sua totalidade. Os resultados demonstraram a existência de comercialização de plantas medicinais para patologias orais, destacando-se as seguintes espécies: Pedra ume cãa (Aulomyrcia sphareocarpa), Crajiru (Arrabidae chica), além da planta, sem identificação botânica, conhecida popularmente como Sara tudo. Entre os Cirurgiões-Dentistas e entre os pacientes, apenas 8% e 7,61%, respectivamente, utilizaram plantas medicinais para alterações patológicas orais. Os autores concluíram que as plantas medicinais comercializadas na cidade de Manaus são utilizadas de maneira empírica e que, apesar da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), novas políticas públicas de saúde devem inserir plantas medicinais e fitoterápicos de uso oral na rede pública de saúde na cidade de Manaus. |
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