Absenteísmo por distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores do Brasil: milhares de dias de trabalho perdidos

RESUMO: Objetivo: Descrever e analisar o absenteísmo dos trabalhadores do Brasil notificados com distúrbios musculoesqueléticos, do período de 2007 a 2012. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo, com dados retrospectivos e secundários. Os registros foram do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, que notifica trabalhadores em regime de previdência, bem como os informais. O período do estudo foi de seis anos. As variáveis foram: sociodemográficas, organizacionais do trabalho e específicas do agravo. Resultados: Foram aproximadamente 5 milhões de dias perdidos de trabalho, de 18.611 trabalhadores afastados e notificados com o agravo. Os grupos que mais se destacaram na análise foram os analfabetos, na faixa etária dos 50 aos 59 anos, com carga horária diária de trabalho acima de 6 horas, do grande grupo ocupacional 4, os CID-10 M50 e M51 e os trabalhadores com transtornos mentais. Conclusões: Elevado absenteísmo entre os trabalhadores com distúrbios musculoesqueléticos, analfabetos, idade dos 50 aos 59 anos, trabalhadores de serviços administrativos, CID-10 M51 e trabalhadores com transtornos mentais. Há necessidade de traçar políticas públicas que contemplem o absenteísmo causado pelo agravo, a fim de reduzir a morbidade, bem como os prejuízos socioeconômicos.

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Bibliographic Details
Main Authors: Haeffner,Rafael, Kalinke,Luciana Puchalski, Felli,Vanda Elisa Andres, Mantovani,Maria de Fátima, Consonni,Dario, Sarquis,Leila Maria Mansano
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2018000100402
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Summary:RESUMO: Objetivo: Descrever e analisar o absenteísmo dos trabalhadores do Brasil notificados com distúrbios musculoesqueléticos, do período de 2007 a 2012. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo, com dados retrospectivos e secundários. Os registros foram do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, que notifica trabalhadores em regime de previdência, bem como os informais. O período do estudo foi de seis anos. As variáveis foram: sociodemográficas, organizacionais do trabalho e específicas do agravo. Resultados: Foram aproximadamente 5 milhões de dias perdidos de trabalho, de 18.611 trabalhadores afastados e notificados com o agravo. Os grupos que mais se destacaram na análise foram os analfabetos, na faixa etária dos 50 aos 59 anos, com carga horária diária de trabalho acima de 6 horas, do grande grupo ocupacional 4, os CID-10 M50 e M51 e os trabalhadores com transtornos mentais. Conclusões: Elevado absenteísmo entre os trabalhadores com distúrbios musculoesqueléticos, analfabetos, idade dos 50 aos 59 anos, trabalhadores de serviços administrativos, CID-10 M51 e trabalhadores com transtornos mentais. Há necessidade de traçar políticas públicas que contemplem o absenteísmo causado pelo agravo, a fim de reduzir a morbidade, bem como os prejuízos socioeconômicos.