Prevalência e fatores de risco de anemia em mães e filhos no Estado de Pernambuco

OBJETIVO: Estudar a prevalência e fatores de risco de anemia em mães e filhos menores de 5 anos, no Estado de Pernambuco, em três espaços geográficos: Região Metropolitana do Recife (RMR); Interior Urbano (IU) e Interior Rural (IR). MÉTODO: Estudo seccional, em amostra representativa de 807 mulheres adultas e 827 crianças menores de 5 anos, sorteadas em 3 estágios (municípios, setores censitários e famílias), possibilitando 523 pareamentos mães x filhos biológicos. A hemoglobina foi determinada em aparelho portátil (HemoCue). Fez-se avaliação de fatores de risco (biológicos, socioeconômicos, ambientais e acesso a serviços de saúde). RESULTADOS: No conjunto dos resultados, 21,8% das mulheres e 46,9% das crianças tinham anemia, prevalências semelhantes no pareamento mães/filhos biológicos. As prevalências mais baixas de anemia foram encontradas no IU, enquanto as mais elevadas ocorreram no IR. Ocorreu associação entre a situação das mães e dos filhos, com um RP = 1,45, IC (95): 1,21-1,74. Quatro fatores de risco foram comuns às mães e filhos: tipo de ocupação das moradias, coleta de lixo, assistência pré-natal e distância do serviço de saúde. As crianças incorporam mais sete fatores: idade da mãe, idade da criança, espaço geográfico, baixa escolaridade das mães, baixa renda familiar, tamanho da família e falta de esgotos sanitários. CONCLUSÃO: A prevalência de anemia se diferencia por espaços geográficos, idade das crianças e condição de exposição de mães e filhos a fatores biológicos, sócio-econômicos e ambientais.

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Bibliographic Details
Main Authors: Silva,Shirley Cristina Lima e, Batista Filho,Malaquias, Miglioli,Teresa Cristina
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2008
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000200008
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Description
Summary:OBJETIVO: Estudar a prevalência e fatores de risco de anemia em mães e filhos menores de 5 anos, no Estado de Pernambuco, em três espaços geográficos: Região Metropolitana do Recife (RMR); Interior Urbano (IU) e Interior Rural (IR). MÉTODO: Estudo seccional, em amostra representativa de 807 mulheres adultas e 827 crianças menores de 5 anos, sorteadas em 3 estágios (municípios, setores censitários e famílias), possibilitando 523 pareamentos mães x filhos biológicos. A hemoglobina foi determinada em aparelho portátil (HemoCue). Fez-se avaliação de fatores de risco (biológicos, socioeconômicos, ambientais e acesso a serviços de saúde). RESULTADOS: No conjunto dos resultados, 21,8% das mulheres e 46,9% das crianças tinham anemia, prevalências semelhantes no pareamento mães/filhos biológicos. As prevalências mais baixas de anemia foram encontradas no IU, enquanto as mais elevadas ocorreram no IR. Ocorreu associação entre a situação das mães e dos filhos, com um RP = 1,45, IC (95): 1,21-1,74. Quatro fatores de risco foram comuns às mães e filhos: tipo de ocupação das moradias, coleta de lixo, assistência pré-natal e distância do serviço de saúde. As crianças incorporam mais sete fatores: idade da mãe, idade da criança, espaço geográfico, baixa escolaridade das mães, baixa renda familiar, tamanho da família e falta de esgotos sanitários. CONCLUSÃO: A prevalência de anemia se diferencia por espaços geográficos, idade das crianças e condição de exposição de mães e filhos a fatores biológicos, sócio-econômicos e ambientais.