Desigualdade no tratamento à fratura proximal de fêmur no Rio de Janeiro

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é analisar a existência de variações na indicação terapêutica a pacientes com fratura proximal de fêmur entre os hospitais conveniados com o SUS e entre pacientes socialmente distintos. MÉTODO: Foram analisados os dados do SIH-SUS dos hospitais do município do Rio de Janeiro, 1994-1995. RESULTADO: A análise multivariada mostrou que as chances de cirurgia foram maiores para as mulheres (OR=1,53, IC95%1,18-1,99); menores para os hospitais federais (OR = 0,21, IC95% 0,10-0,41), estaduais (OR =0,07, IC95% 0,04-0,12) e municipais (OR=0,11, IC95% 0,07-0,18), em comparação com o hospital privado contratado pelo SUS; foram menores nas emergências (OR=0,31, IC95% 0,19-0,48); e foram maiores nos hospitais localizados em áreas mais privilegiadas (OR=1,68, IC95% 1,52-1,86). CONCLUSÃO: A configuração dos mercados variou com o perfil dos hospitais e pacientes, e a indicação de cirurgia foi associada a fatores não relacionados com a necessidade, mostrando diferenças no acesso ao tratamento adequado.

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Main Authors: Pinheiro,Rejane Sobrino, Travassos,Cláudia, Gamerman,Dani
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2006000300011
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spelling oai:scielo:S1415-790X20060003000112007-01-12Desigualdade no tratamento à fratura proximal de fêmur no Rio de JaneiroPinheiro,Rejane SobrinoTravassos,CláudiaGamerman,Dani Desigualdade Utilização de serviços de saúde Fratura proximal de fêmur Avaliação de serviços de saúde OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é analisar a existência de variações na indicação terapêutica a pacientes com fratura proximal de fêmur entre os hospitais conveniados com o SUS e entre pacientes socialmente distintos. MÉTODO: Foram analisados os dados do SIH-SUS dos hospitais do município do Rio de Janeiro, 1994-1995. RESULTADO: A análise multivariada mostrou que as chances de cirurgia foram maiores para as mulheres (OR=1,53, IC95%1,18-1,99); menores para os hospitais federais (OR = 0,21, IC95% 0,10-0,41), estaduais (OR =0,07, IC95% 0,04-0,12) e municipais (OR=0,11, IC95% 0,07-0,18), em comparação com o hospital privado contratado pelo SUS; foram menores nas emergências (OR=0,31, IC95% 0,19-0,48); e foram maiores nos hospitais localizados em áreas mais privilegiadas (OR=1,68, IC95% 1,52-1,86). CONCLUSÃO: A configuração dos mercados variou com o perfil dos hospitais e pacientes, e a indicação de cirurgia foi associada a fatores não relacionados com a necessidade, mostrando diferenças no acesso ao tratamento adequado.info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação Brasileira de Saúde ColetivaRevista Brasileira de Epidemiologia v.9 n.3 20062006-09-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2006000300011pt10.1590/S1415-790X2006000300011
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