Mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo feminino

O objetivo deste artigo é identificar os elementos que permitem conhecer a subjetividade de mulheres empreendedoras segundo a teoria proposta por González Rey (2009). A subjetividade se dá por meio de uma configuração de sentidos subjetivos provenientes tanto do plano individual, como também dos construídos socialmente. Assim, a constituição subjetiva é formada por meio de diferentes forças que se mantêm em permanente transformação ao longo da trajetória dos sujeitos. A metodologia utilizada para alcançar o objetivo seguiu os parâmetros da Epistemologia Qualitativa. Trata-se de uma abordagem qualitativa em que é utilizado um conjunto de procedimentos específicos desenhados especialmente para desvendar os indicadores de sentido que, por sua vez, formam a configuração subjetiva. Os resultados indicam que a configuração subjetiva do empreendedorismo para as mulheres está apoiada em sentidos subjetivos associados às suas trajetórias, ao contexto atual e à cultura dentro da qual a atividade é desenvolvida. O empreendedorismo, nesta pesquisa, aparece como uma característica individual que começa a ser constituída na infância. No entanto, as empreendedoras se constituem como tal ao longo de sua história, quando devem lidar com as condições adversas do mundo empresarial, visto como machista. Nesse contexto, a abertura da empresa é um evento que marca fortemente a trajetória dessas mulheres, tendo uma natureza simbólica que atua como constituinte da subjetividade delas. No mesmo sentido, a multiplicidade de papéis e a concorrência entre espaços sociais, pois sublinham que a família interfere na dinâmica dos negócios, assim como os mesmos negócios estão presentes em seus lares. Além disso, a forma como empreendem é delimitada pelas condições concretas em que viveram/vivem.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Ferreira,Jane Mendes, Nogueira,Eloy Eros Silva
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552013000400002
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1415-65552013000400002
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1415-655520130004000022013-07-12Mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo femininoFerreira,Jane MendesNogueira,Eloy Eros Silva subjetividade empreendedorismo mulheres empreendedoras O objetivo deste artigo é identificar os elementos que permitem conhecer a subjetividade de mulheres empreendedoras segundo a teoria proposta por González Rey (2009). A subjetividade se dá por meio de uma configuração de sentidos subjetivos provenientes tanto do plano individual, como também dos construídos socialmente. Assim, a constituição subjetiva é formada por meio de diferentes forças que se mantêm em permanente transformação ao longo da trajetória dos sujeitos. A metodologia utilizada para alcançar o objetivo seguiu os parâmetros da Epistemologia Qualitativa. Trata-se de uma abordagem qualitativa em que é utilizado um conjunto de procedimentos específicos desenhados especialmente para desvendar os indicadores de sentido que, por sua vez, formam a configuração subjetiva. Os resultados indicam que a configuração subjetiva do empreendedorismo para as mulheres está apoiada em sentidos subjetivos associados às suas trajetórias, ao contexto atual e à cultura dentro da qual a atividade é desenvolvida. O empreendedorismo, nesta pesquisa, aparece como uma característica individual que começa a ser constituída na infância. No entanto, as empreendedoras se constituem como tal ao longo de sua história, quando devem lidar com as condições adversas do mundo empresarial, visto como machista. Nesse contexto, a abertura da empresa é um evento que marca fortemente a trajetória dessas mulheres, tendo uma natureza simbólica que atua como constituinte da subjetividade delas. No mesmo sentido, a multiplicidade de papéis e a concorrência entre espaços sociais, pois sublinham que a família interfere na dinâmica dos negócios, assim como os mesmos negócios estão presentes em seus lares. Além disso, a forma como empreendem é delimitada pelas condições concretas em que viveram/vivem.info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em AdministraçãoRevista de Administração Contemporânea v.17 n.4 20132013-08-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552013000400002pt10.1590/S1415-65552013000400002
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Ferreira,Jane Mendes
Nogueira,Eloy Eros Silva
spellingShingle Ferreira,Jane Mendes
Nogueira,Eloy Eros Silva
Mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo feminino
author_facet Ferreira,Jane Mendes
Nogueira,Eloy Eros Silva
author_sort Ferreira,Jane Mendes
title Mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo feminino
title_short Mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo feminino
title_full Mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo feminino
title_fullStr Mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo feminino
title_full_unstemmed Mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo feminino
title_sort mulheres e suas histórias: razão, sensibilidade e subjetividade no empreendedorismo feminino
description O objetivo deste artigo é identificar os elementos que permitem conhecer a subjetividade de mulheres empreendedoras segundo a teoria proposta por González Rey (2009). A subjetividade se dá por meio de uma configuração de sentidos subjetivos provenientes tanto do plano individual, como também dos construídos socialmente. Assim, a constituição subjetiva é formada por meio de diferentes forças que se mantêm em permanente transformação ao longo da trajetória dos sujeitos. A metodologia utilizada para alcançar o objetivo seguiu os parâmetros da Epistemologia Qualitativa. Trata-se de uma abordagem qualitativa em que é utilizado um conjunto de procedimentos específicos desenhados especialmente para desvendar os indicadores de sentido que, por sua vez, formam a configuração subjetiva. Os resultados indicam que a configuração subjetiva do empreendedorismo para as mulheres está apoiada em sentidos subjetivos associados às suas trajetórias, ao contexto atual e à cultura dentro da qual a atividade é desenvolvida. O empreendedorismo, nesta pesquisa, aparece como uma característica individual que começa a ser constituída na infância. No entanto, as empreendedoras se constituem como tal ao longo de sua história, quando devem lidar com as condições adversas do mundo empresarial, visto como machista. Nesse contexto, a abertura da empresa é um evento que marca fortemente a trajetória dessas mulheres, tendo uma natureza simbólica que atua como constituinte da subjetividade delas. No mesmo sentido, a multiplicidade de papéis e a concorrência entre espaços sociais, pois sublinham que a família interfere na dinâmica dos negócios, assim como os mesmos negócios estão presentes em seus lares. Além disso, a forma como empreendem é delimitada pelas condições concretas em que viveram/vivem.
publisher Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração
publishDate 2013
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552013000400002
work_keys_str_mv AT ferreirajanemendes mulheresesuashistoriasrazaosensibilidadeesubjetividadenoempreendedorismofeminino
AT nogueiraeloyerossilva mulheresesuashistoriasrazaosensibilidadeesubjetividadenoempreendedorismofeminino
_version_ 1756419767602774016