Beta - caroteno e câncer
Há mais de vinte anos tem-se pesquisado sobre a relação entre β-caroteno e câncer. Inúmeros trabalhos têm tentado esclarecer a hipótese, formulada a partir de achados epidemiológicos e experimentais, de que o carotenóide poderia agir como anticarcinogênico de origem alimentar. Estudos epidemiológicos observacionais, tipo caso-controle e coorte, sugerem que o consumo elevado de frutas e vegetais ricos em β-caroteno reduz o risco de câncer, especialmente de pulmão. Estudos de intervenção em humanos, administrando doses farmacológicas crônicas a milhares de indivíduos, têm demonstrado resultados contraditórios. Pesquisas em animais experimentais e em cultura de células apontam o carotenóide como quimiopreventivo, agindo sobretudo como retinóides, através de conversão metabólica extra-intestinal e como antioxidante de membrana. Conclui-se que o β-caroteno pode proteger contra o câncer, quando suplementado em doses fisiológicas, isto é, cerca de 4 a 6mg/dia. Doses farmacológicas crônicas não estão recomendadas para indivíduos saudáveis e particularmente para tabagistas.
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
1998
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oai:scielo:S1415-527319980002000012010-11-05Beta - caroteno e câncerNaves,Maria Margareth Veloso epidemiologia nutricional quimioprevenção neoplasias carcinógenos carotenóides beta-caroteno Há mais de vinte anos tem-se pesquisado sobre a relação entre β-caroteno e câncer. Inúmeros trabalhos têm tentado esclarecer a hipótese, formulada a partir de achados epidemiológicos e experimentais, de que o carotenóide poderia agir como anticarcinogênico de origem alimentar. Estudos epidemiológicos observacionais, tipo caso-controle e coorte, sugerem que o consumo elevado de frutas e vegetais ricos em β-caroteno reduz o risco de câncer, especialmente de pulmão. Estudos de intervenção em humanos, administrando doses farmacológicas crônicas a milhares de indivíduos, têm demonstrado resultados contraditórios. Pesquisas em animais experimentais e em cultura de células apontam o carotenóide como quimiopreventivo, agindo sobretudo como retinóides, através de conversão metabólica extra-intestinal e como antioxidante de membrana. Conclui-se que o β-caroteno pode proteger contra o câncer, quando suplementado em doses fisiológicas, isto é, cerca de 4 a 6mg/dia. Doses farmacológicas crônicas não estão recomendadas para indivíduos saudáveis e particularmente para tabagistas.info:eu-repo/semantics/openAccessPontifícia Universidade Católica de CampinasRevista de Nutrição v.11 n.2 19981998-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52731998000200001pt10.1590/S1415-52731998000200001 |
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