Participação dos Pais na Psicoterapia da Criança: Práticas dos Psicoterapeutas
Resumo A participação dos pais na psicoterapia de crianças é um tema controverso na literatura. Há autores a favor de uma abordagem mais intervencionista em relação aos pais e outros que circunscrevem seu papel à manutenção do tratamento e provimento de informações sobre a criança. O objetivo deste estudo exploratório, de levantamento, transversal, foi identificar experiências de psicoterapeutas de crianças brasileiros quanto às formas de inclusão dos pais no tratamento. Participaram 76 psicólogos, que responderam a um questionário on-line e as análises contemplaram estatística descritiva e análise de conteúdo. De acordo com os resultados, os respondentes foram predominantemente mulheres (89,5%), residentes na Região Sul (86,8%), entre 26 e 35 anos (53,9%) e com até três anos de experiência clínica (43,4%). De maneira geral, os participantes incluem os pais na psicoterapia (76,3%); em entrevistas específicas (90,8%); coleta de informações (88,2%), para aconselhamento/orientação (72,4%); e para fortalecer a aliança terapêutica (61,8%). Riscos e benefícios da participação dos pais foram reportados e constituíram seis categorias: a criança como sintoma dos conflitos familiares; resistência dos pais à psicoterapia e às mudanças; cumprimento do contrato pelos pais; aliança terapêutica; compreensão da dinâmica familiar e dos sintomas da criança; e fortalecimento dos vínculos pais-filhos. Conclui-se que há tendência de inclusão dos pais, por parte dos psicoterapeutas, no processo de psicoterapia de crianças.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Conselho Federal de Psicologia
2018
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932018000100036 |
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oai:scielo:S1414-989320180001000362018-03-15Participação dos Pais na Psicoterapia da Criança: Práticas dos PsicoterapeutasOliveira,Luiz Ronaldo Freitas deGastaud,Marina BentoRamires,Vera Regina Röhnelt Terapia Psicanalítica Psicologia Clínica Infância Relações pais e filhos Resumo A participação dos pais na psicoterapia de crianças é um tema controverso na literatura. Há autores a favor de uma abordagem mais intervencionista em relação aos pais e outros que circunscrevem seu papel à manutenção do tratamento e provimento de informações sobre a criança. O objetivo deste estudo exploratório, de levantamento, transversal, foi identificar experiências de psicoterapeutas de crianças brasileiros quanto às formas de inclusão dos pais no tratamento. Participaram 76 psicólogos, que responderam a um questionário on-line e as análises contemplaram estatística descritiva e análise de conteúdo. De acordo com os resultados, os respondentes foram predominantemente mulheres (89,5%), residentes na Região Sul (86,8%), entre 26 e 35 anos (53,9%) e com até três anos de experiência clínica (43,4%). De maneira geral, os participantes incluem os pais na psicoterapia (76,3%); em entrevistas específicas (90,8%); coleta de informações (88,2%), para aconselhamento/orientação (72,4%); e para fortalecer a aliança terapêutica (61,8%). Riscos e benefícios da participação dos pais foram reportados e constituíram seis categorias: a criança como sintoma dos conflitos familiares; resistência dos pais à psicoterapia e às mudanças; cumprimento do contrato pelos pais; aliança terapêutica; compreensão da dinâmica familiar e dos sintomas da criança; e fortalecimento dos vínculos pais-filhos. Conclui-se que há tendência de inclusão dos pais, por parte dos psicoterapeutas, no processo de psicoterapia de crianças.info:eu-repo/semantics/openAccessConselho Federal de PsicologiaPsicologia: Ciência e Profissão v.38 n.1 20182018-03-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932018000100036pt10.1590/1982-3703000692017 |
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