O Voluntariado em questão: a subjetividade permitida

Em diversos países, particularmente no Brasil, observa-se um estímulo ao voluntariado como via de democratização do Estado, com o aumento da participação de todos os atores nos graves problemas sociais. considerando as diversas expressões de atuação voluntária no mundo do trabalho, o objetivo do presente artigo é discutir o exercício dessas atividades e de suas lógicas de sustentação a partir dos principais eixos de identificação com a atividade voluntária. Estudos de casos foram realizados em duas empresas com fins lucrativos e em duas organizações não governamentais (ONGs) da cidade de Ribeirão Preto (São Paulo-Brasil). Os dados indicam que o voluntariado, indiretamente, gera valor para o capital e que se deve investir na autonomia das ONGs e na superação de modelos assistencialistas, com ações particularizadas, fortalecendo os empreendimentos coletivos da economia solidária e os movimentos sociais de base. considera-se que o voluntariado seja um modo permitido de construção da subjetividade dentro da lógica do capital.

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Bibliographic Details
Main Authors: Caldana,Adriana Cristina Ferreira, Figueiredo,Marco Antonio de Castro
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Conselho Federal de Psicologia 2008
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932008000300003
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Summary:Em diversos países, particularmente no Brasil, observa-se um estímulo ao voluntariado como via de democratização do Estado, com o aumento da participação de todos os atores nos graves problemas sociais. considerando as diversas expressões de atuação voluntária no mundo do trabalho, o objetivo do presente artigo é discutir o exercício dessas atividades e de suas lógicas de sustentação a partir dos principais eixos de identificação com a atividade voluntária. Estudos de casos foram realizados em duas empresas com fins lucrativos e em duas organizações não governamentais (ONGs) da cidade de Ribeirão Preto (São Paulo-Brasil). Os dados indicam que o voluntariado, indiretamente, gera valor para o capital e que se deve investir na autonomia das ONGs e na superação de modelos assistencialistas, com ações particularizadas, fortalecendo os empreendimentos coletivos da economia solidária e os movimentos sociais de base. considera-se que o voluntariado seja um modo permitido de construção da subjetividade dentro da lógica do capital.