O PRÓ-SAÚDE e seus dilemas na universidade privada
Resumo: A necessidade de readequação da formação de profissionais de saúde tem exigido aproximações entre universidade, serviços de saúde e demandas da população. Nessa direção, o Programa de Reorientação da Formação dos Profissionais de Saúde (Pró-Saúde) busca incentivar a efetivação das diretrizes curriculares para os cursos de graduação em saúde através de uma articulação entre escola e serviços. Este estudo investigou o desenvolvimento desse programa no contexto universitário. Foram coletados dados sobre a experiência de um programa do Pró-Saúde numa universidade privada (2008-2011) por meio de entrevistas, observação participante e análise de documentos institucionais, enfocando a percepção de docentes sobre a gestão e condições de participação e implantação do projeto. Análise de conteúdo revelou as tensões conhecidas na formação em saúde, porém, foram intensificadas pelo programa ao estreitar relações entre universidade, mercado e identidade profissional. Evidenciou-se que os editais do Pró-Saúde induzem a mudança na formação de profissionais de saúde e que o programa sofre restrições devido às modalidades dos contratos de trabalho dos docentes em universidades privadas. O estudo aponta também a necessidade de estabelecer monitoramentos e investimentos contínuos, de ampliar a difusão de informações e o compartilhamento dos projetos entre seus municípios e universidades, bem como a adoção de uma metodologia de gestão de mudança para acompanhar os processos, e assim rever estratégias diante dos caminhos da reorientação da formação em saúde.
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Publicação da Rede de Avaliação Institucional da Educação Superior (RAIES), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Universidade de Sorocaba (UNISO).
2018
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oai:scielo:S1414-407720180001001982019-04-17O PRÓ-SAÚDE e seus dilemas na universidade privadaBatista,Cássia BeatrizStralen,Cornelis Johannes van Instituições de ensino superior Integração docente-assistencial Formação de profissionais de saúde Resumo: A necessidade de readequação da formação de profissionais de saúde tem exigido aproximações entre universidade, serviços de saúde e demandas da população. Nessa direção, o Programa de Reorientação da Formação dos Profissionais de Saúde (Pró-Saúde) busca incentivar a efetivação das diretrizes curriculares para os cursos de graduação em saúde através de uma articulação entre escola e serviços. Este estudo investigou o desenvolvimento desse programa no contexto universitário. Foram coletados dados sobre a experiência de um programa do Pró-Saúde numa universidade privada (2008-2011) por meio de entrevistas, observação participante e análise de documentos institucionais, enfocando a percepção de docentes sobre a gestão e condições de participação e implantação do projeto. Análise de conteúdo revelou as tensões conhecidas na formação em saúde, porém, foram intensificadas pelo programa ao estreitar relações entre universidade, mercado e identidade profissional. Evidenciou-se que os editais do Pró-Saúde induzem a mudança na formação de profissionais de saúde e que o programa sofre restrições devido às modalidades dos contratos de trabalho dos docentes em universidades privadas. O estudo aponta também a necessidade de estabelecer monitoramentos e investimentos contínuos, de ampliar a difusão de informações e o compartilhamento dos projetos entre seus municípios e universidades, bem como a adoção de uma metodologia de gestão de mudança para acompanhar os processos, e assim rever estratégias diante dos caminhos da reorientação da formação em saúde.info:eu-repo/semantics/openAccessPublicação da Rede de Avaliação Institucional da Educação Superior (RAIES), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Universidade de Sorocaba (UNISO).Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas) v.23 n.1 20182018-04-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-40772018000100198pt10.1590/s1414-40772018000100011 |
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