Formação médica e assistência aos processos de abortamento: a perspectiva de residentes de duas universidades públicas em São Paulo, Brasil

O aborto é um importante tema sob a perspectiva da saúde pública e permeia a prática de diversas especialidades. Enfocamos a assistência a processos de abortamento e sua relação com a formação recebida em Ginecologia e Obstetrícia (GO) e Medicina de Família e Comunidade (MFC) por residentes de duas faculdades públicas paulistas. A pesquisa seguiu a metodologia qualitativa, e a produção dos dados empíricos se norteou pela técnica de entrevista em profundidade (13 residentes). Os residentes em GO relatam pautar-se nas experiências práticas para condução dos casos de abortamento. Os residentes em MFC relatam discussões sobre o tema e suas conexões com questões de gênero. O conhecimento clínico, o desenvolvimento de habilidades e técnicas e a maior inserção da abordagem de gênero na formação se revelam fundamentais para o exercício do cuidado integral às mulheres em processo de abortamento.

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Bibliographic Details
Main Authors: Machin,Rosana, Couto,Márcia Thereza, Rocha,Ana Luísa Smith, Costa,Maria Renata Mencacci
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: UNESP 2019
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832019000100243
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Description
Summary:O aborto é um importante tema sob a perspectiva da saúde pública e permeia a prática de diversas especialidades. Enfocamos a assistência a processos de abortamento e sua relação com a formação recebida em Ginecologia e Obstetrícia (GO) e Medicina de Família e Comunidade (MFC) por residentes de duas faculdades públicas paulistas. A pesquisa seguiu a metodologia qualitativa, e a produção dos dados empíricos se norteou pela técnica de entrevista em profundidade (13 residentes). Os residentes em GO relatam pautar-se nas experiências práticas para condução dos casos de abortamento. Os residentes em MFC relatam discussões sobre o tema e suas conexões com questões de gênero. O conhecimento clínico, o desenvolvimento de habilidades e técnicas e a maior inserção da abordagem de gênero na formação se revelam fundamentais para o exercício do cuidado integral às mulheres em processo de abortamento.