Medicalização e educação: análise de processos de atendimento em queixa escolar

Resumo A presente pesquisa teve como objetivo compreender os efeitos da medicalização através do uso de medicamento no processo de escolarização de crianças atendidas em um serviço psicológico-escola. Buscou-se, através da análise de prontuários, compreender o que levou ao diagnóstico como doença e consequentemente, à medicalização, e quais os efeitos para a criança, a família e a escola. Foram lidos 43 prontuários de um serviço psicológico-escola de um curso de psicologia e somente 2 atendiam aos critérios definidos pelas pesquisadoras. Os resultados obtidos com essa pesquisa foram divididos em duas categorias de análise: 1) a família e a criança medicalizada e 2) a medicina como panaceia. Como resultados, percebeu-se a continuidade de uma escola que discrimina quem não atenda ao modelo de aluno e família que se enquadre as suas modalidades predominantes de ensino, naturalizando como dificuldade individual fenômenos de origem sócio-histórico-cultural.

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Bibliographic Details
Main Authors: Benedetti,Mariana Dias, Bezerra,Danielle Mirian Marques de Moura, Telles,Maria Carolina Guimarães, Lima,Luís Antônio Gomes de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572018000100073
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Summary:Resumo A presente pesquisa teve como objetivo compreender os efeitos da medicalização através do uso de medicamento no processo de escolarização de crianças atendidas em um serviço psicológico-escola. Buscou-se, através da análise de prontuários, compreender o que levou ao diagnóstico como doença e consequentemente, à medicalização, e quais os efeitos para a criança, a família e a escola. Foram lidos 43 prontuários de um serviço psicológico-escola de um curso de psicologia e somente 2 atendiam aos critérios definidos pelas pesquisadoras. Os resultados obtidos com essa pesquisa foram divididos em duas categorias de análise: 1) a família e a criança medicalizada e 2) a medicina como panaceia. Como resultados, percebeu-se a continuidade de uma escola que discrimina quem não atenda ao modelo de aluno e família que se enquadre as suas modalidades predominantes de ensino, naturalizando como dificuldade individual fenômenos de origem sócio-histórico-cultural.