Crianças e adolescentes que consomem alimentos ultraprocessados possuem pior perfil lipídico? Uma revisão sistemática

Resumo O aumento da participação de alimentos ultraprocessados na alimentação de crianças e adolescentes está relacionado ao desenvolvimento de agravos não transmissíveis, como dislipidemia. Objetivou-se realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a relação do consumo de alimentos ultraprocessados e o perfil lipídico de crianças e adolescentes. Realizou-se uma busca nas bases de dados PubMed, Scopus, Cochrane e LILACS por estudos com desenhos transversais e longitudinais, com ou sem intervenção; em crianças e/ou adolescentes aparentemente saudáveis, que tivessem a ingestão de alimento ultraprocessado como variável de exposição e o perfil lipídico como desfecho. Após triagem, 14 estudos foram incluídos, destes, nove demonstraram que o consumo de ultraprocessados estava relacionado com o aumento do LDL-c, colesterol total, triglicerídeos e diminuição do HDL-c. Três estudos não encontraram nenhuma relação e dois demonstraram que a maior ingestão de cereais prontos estava relacionada com a diminuição de colesterol total e LDL-c. Observou-se elevado consumo de alimentos ultraprocessados e relação positiva com lipídios sanguíneos em crianças e adolescentes o que chama atenção para a realização de intervenções, como educação nutricional, com vistas a reduzir a ingestão desses alimentos.

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Bibliographic Details
Main Authors: Beserra,Jéssica Batista, Soares,Nathanael Ibsen da Silva, Marreiros,Camila Santos, Carvalho,Cecília Maria Resende Gonçalves de, Martins,Maria do Carmo de Carvalho e, Freitas,Betânia de Jesus e Silva de Almendra, Santos,Marize Melo dos, Frota,Karoline de Macêdo Gonçalves
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2020
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232020001204979
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