Lesões provocadas por armas de fogo atendidas em serviços de urgência e emergência brasileiros
Resumo O artigo objetiva analisar os atendimentos de pessoas lesionadas por armas de fogo, em serviços de urgência e emergência brasileiros, em 2014. Realizou-se um estudo transversal dos atendimentos de pacientes com lesões por arma de fogo, em 24 capitais brasileiras e no Distrito Federal, incluídos no VIVA Inquérito. Foram calculadas frequências simples e relativas das variáveis relacionadas aos pacientes e ao evento e foi ajustado um modelo logístico para amostras complexas tendo como desfecho os atendimentos a pacientes com lesões por arma de fogo. Os resultados mostram que 0,7% dos atendimentos por outros acidentes (exceto os de transporte), 1,5% por lesões autoprovocadas, 15,9% por agressões e 65,1% por intervenção legal foram provocados por arma de fogo. Houve predomínio de atendimentos a pacientes do sexo masculino, de adultos jovens (20 a 39 anos), de cor da pele parda e com baixa escolaridade. Os membros e múltiplos órgãos foram os locais mais atingidos. Conclui-se discutindo sobre os esforços para o controle de armas de fogo em circulação no país e como elas podem potencializar desfechos graves e letais em brigas e conflitos interpessoais.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
2017
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232017002902851 |
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Summary: | Resumo O artigo objetiva analisar os atendimentos de pessoas lesionadas por armas de fogo, em serviços de urgência e emergência brasileiros, em 2014. Realizou-se um estudo transversal dos atendimentos de pacientes com lesões por arma de fogo, em 24 capitais brasileiras e no Distrito Federal, incluídos no VIVA Inquérito. Foram calculadas frequências simples e relativas das variáveis relacionadas aos pacientes e ao evento e foi ajustado um modelo logístico para amostras complexas tendo como desfecho os atendimentos a pacientes com lesões por arma de fogo. Os resultados mostram que 0,7% dos atendimentos por outros acidentes (exceto os de transporte), 1,5% por lesões autoprovocadas, 15,9% por agressões e 65,1% por intervenção legal foram provocados por arma de fogo. Houve predomínio de atendimentos a pacientes do sexo masculino, de adultos jovens (20 a 39 anos), de cor da pele parda e com baixa escolaridade. Os membros e múltiplos órgãos foram os locais mais atingidos. Conclui-se discutindo sobre os esforços para o controle de armas de fogo em circulação no país e como elas podem potencializar desfechos graves e letais em brigas e conflitos interpessoais. |
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