Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da Família

Diante da dimensão do problema da violência contra criança e adolescente para a saúde coletiva, este artigo analisa o processo de notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas da Estratégia Saúde da Família em Fortaleza (CE), no exercício de sua práxis. Trata-se de um estudo de corte transversal com a participação de 359 profissionais, cadastrados nas Equipes de Saúde da Família (ESF). Utilizou-se um questionário, cujo dados coletados foram organizados, codificados, tabulados e submetidos à análise estatística descritiva e a cálculos das medidas de significância, através do teste qui-quadrado de Pearson (χ2) com respectivo valor de p < 0,05, no programa Statistical Package Social Sciences-SPSS. Observa-se que 52% dos profissionais não conhecem a ficha de notificação e 69% nunca participaram de treinamento na área. O tempo de formação é estatisticamente significante na notificação de casos (p=0,002), ou seja, quanto maior o tempo de formado, mais o profissional adota a prática da notificação no seu cotidiano. Conclui-se que a notificação de maus-tratos infanto-juvenis por profissionais da ESF ainda ocorre de maneira pontual e assistemática e o incremento de programas de formação continuada e a ampliação das redes de suporte profissional poderão reduzir o grau de insegurança e incrementar o número de notificações.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Luna,Geisy Lanne Muniz, Ferreira,Renata Carneiro, Vieira,Luiza Jane Eyre de Souza
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2010
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000200025
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1413-81232010000200025
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1413-812320100002000252010-04-20Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da FamíliaLuna,Geisy Lanne MunizFerreira,Renata CarneiroVieira,Luiza Jane Eyre de Souza Maus-tratos infantis Notificação Papel profissional Diante da dimensão do problema da violência contra criança e adolescente para a saúde coletiva, este artigo analisa o processo de notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas da Estratégia Saúde da Família em Fortaleza (CE), no exercício de sua práxis. Trata-se de um estudo de corte transversal com a participação de 359 profissionais, cadastrados nas Equipes de Saúde da Família (ESF). Utilizou-se um questionário, cujo dados coletados foram organizados, codificados, tabulados e submetidos à análise estatística descritiva e a cálculos das medidas de significância, através do teste qui-quadrado de Pearson (χ2) com respectivo valor de p < 0,05, no programa Statistical Package Social Sciences-SPSS. Observa-se que 52% dos profissionais não conhecem a ficha de notificação e 69% nunca participaram de treinamento na área. O tempo de formação é estatisticamente significante na notificação de casos (p=0,002), ou seja, quanto maior o tempo de formado, mais o profissional adota a prática da notificação no seu cotidiano. Conclui-se que a notificação de maus-tratos infanto-juvenis por profissionais da ESF ainda ocorre de maneira pontual e assistemática e o incremento de programas de formação continuada e a ampliação das redes de suporte profissional poderão reduzir o grau de insegurança e incrementar o número de notificações.info:eu-repo/semantics/openAccessABRASCO - Associação Brasileira de Saúde ColetivaCiência &amp; Saúde Coletiva v.15 n.2 20102010-03-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000200025pt10.1590/S1413-81232010000200025
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Luna,Geisy Lanne Muniz
Ferreira,Renata Carneiro
Vieira,Luiza Jane Eyre de Souza
spellingShingle Luna,Geisy Lanne Muniz
Ferreira,Renata Carneiro
Vieira,Luiza Jane Eyre de Souza
Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da Família
author_facet Luna,Geisy Lanne Muniz
Ferreira,Renata Carneiro
Vieira,Luiza Jane Eyre de Souza
author_sort Luna,Geisy Lanne Muniz
title Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da Família
title_short Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da Família
title_full Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da Família
title_fullStr Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da Família
title_full_unstemmed Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da Família
title_sort notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da equipe saúde da família
description Diante da dimensão do problema da violência contra criança e adolescente para a saúde coletiva, este artigo analisa o processo de notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas da Estratégia Saúde da Família em Fortaleza (CE), no exercício de sua práxis. Trata-se de um estudo de corte transversal com a participação de 359 profissionais, cadastrados nas Equipes de Saúde da Família (ESF). Utilizou-se um questionário, cujo dados coletados foram organizados, codificados, tabulados e submetidos à análise estatística descritiva e a cálculos das medidas de significância, através do teste qui-quadrado de Pearson (χ2) com respectivo valor de p < 0,05, no programa Statistical Package Social Sciences-SPSS. Observa-se que 52% dos profissionais não conhecem a ficha de notificação e 69% nunca participaram de treinamento na área. O tempo de formação é estatisticamente significante na notificação de casos (p=0,002), ou seja, quanto maior o tempo de formado, mais o profissional adota a prática da notificação no seu cotidiano. Conclui-se que a notificação de maus-tratos infanto-juvenis por profissionais da ESF ainda ocorre de maneira pontual e assistemática e o incremento de programas de formação continuada e a ampliação das redes de suporte profissional poderão reduzir o grau de insegurança e incrementar o número de notificações.
publisher ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
publishDate 2010
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000200025
work_keys_str_mv AT lunageisylannemuniz notificacaodemaustratosemcriancaseadolescentesporprofissionaisdaequipesaudedafamilia
AT ferreirarenatacarneiro notificacaodemaustratosemcriancaseadolescentesporprofissionaisdaequipesaudedafamilia
AT vieiraluizajaneeyredesouza notificacaodemaustratosemcriancaseadolescentesporprofissionaisdaequipesaudedafamilia
_version_ 1756415206428246016