Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído

O artigo apresenta a trajetória das políticas sociais no Brasil e identifica, em cada etapa, o modelo de proteção social vigente. Afirma que a Constituição Federal de 1988, ao introduzir o conceito de Seguridade Social e criar o Sistema Único de Saúde, representou uma ruptura com o modelo tanto de Estado quanto de cidadania anteriores, em resposta à mobilização social que a antecedeu. A subordinação dos princípios de justiça e inclusão social, que orientaram o desenho desse novo padrão de proteção social, a uma política liberal e monetarista, tiveram importantes impactos na fase de implementação das políticas sociais. No entanto, os dilemas que atravessam tais políticas e, em particular, a construção do sistema único de saúde devem ser analisadas sob uma perspectiva teórica que compreende as convergências e divergências entre os três movimentos que caracterizaram a Reforma Sanitária brasileira, quais são: a subjetivação, a constitucionalização e a institucionalização.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Fleury,Sonia
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2009
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000300010
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1413-81232009000300010
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1413-812320090003000102009-06-15Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituídoFleury,Sonia Reforma sanitária Política social Cidadania Direito à saúde Sistema único de saúde O artigo apresenta a trajetória das políticas sociais no Brasil e identifica, em cada etapa, o modelo de proteção social vigente. Afirma que a Constituição Federal de 1988, ao introduzir o conceito de Seguridade Social e criar o Sistema Único de Saúde, representou uma ruptura com o modelo tanto de Estado quanto de cidadania anteriores, em resposta à mobilização social que a antecedeu. A subordinação dos princípios de justiça e inclusão social, que orientaram o desenho desse novo padrão de proteção social, a uma política liberal e monetarista, tiveram importantes impactos na fase de implementação das políticas sociais. No entanto, os dilemas que atravessam tais políticas e, em particular, a construção do sistema único de saúde devem ser analisadas sob uma perspectiva teórica que compreende as convergências e divergências entre os três movimentos que caracterizaram a Reforma Sanitária brasileira, quais são: a subjetivação, a constitucionalização e a institucionalização.info:eu-repo/semantics/openAccessABRASCO - Associação Brasileira de Saúde ColetivaCiência & Saúde Coletiva v.14 n.3 20092009-06-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000300010pt10.1590/S1413-81232009000300010
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Fleury,Sonia
spellingShingle Fleury,Sonia
Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído
author_facet Fleury,Sonia
author_sort Fleury,Sonia
title Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído
title_short Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído
title_full Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído
title_fullStr Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído
title_full_unstemmed Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído
title_sort reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído
description O artigo apresenta a trajetória das políticas sociais no Brasil e identifica, em cada etapa, o modelo de proteção social vigente. Afirma que a Constituição Federal de 1988, ao introduzir o conceito de Seguridade Social e criar o Sistema Único de Saúde, representou uma ruptura com o modelo tanto de Estado quanto de cidadania anteriores, em resposta à mobilização social que a antecedeu. A subordinação dos princípios de justiça e inclusão social, que orientaram o desenho desse novo padrão de proteção social, a uma política liberal e monetarista, tiveram importantes impactos na fase de implementação das políticas sociais. No entanto, os dilemas que atravessam tais políticas e, em particular, a construção do sistema único de saúde devem ser analisadas sob uma perspectiva teórica que compreende as convergências e divergências entre os três movimentos que caracterizaram a Reforma Sanitária brasileira, quais são: a subjetivação, a constitucionalização e a institucionalização.
publisher ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
publishDate 2009
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000300010
work_keys_str_mv AT fleurysonia reformasanitariabrasileiradilemasentreoinstituinteeoinstituido
_version_ 1756415172863328256