Agrotóxico: que nome dar?

Os trabalhadores, de um modo geral, estão sempre expostos a maiores ou menores intensidades de risco. Os agricultores, em particular, também estão expostos e de forma bastante estabelecida. Contudo, trabalhos têm mostrado que existe um código coletivo de proteção para lhes permitir dar continuidade às suas atividades, uma vez que, em sua maioria, os próprios donos do cultivo fazem parte do processo produtivo e, portanto, precisam garantir a sua safra aplicando os agrotóxicos. Este trabalho apresenta uma pesquisa desenvolvida com agricultores de dois municípios do sudeste do Piauí, utilizando uma abordagem qualitativa, com o intuito de compreender os mecanismos de proteção destes agricultores com a sua atividade. Os resultados apontaram para práticas defensivas tais como consumo de bebida alcoólica, a sublocação do serviço aos mais jovens e a existência de um certo grau de compreensão do risco à saúde com a utilização dos agrotóxicos. A partir daí, se discute a importância da denominação dada ao agrotóxico, como um fator de proteção que deveria ser mais valorizado para maximizar a proteção do agricultor, em vez de se manter a estratégia de aumento de informação e controle de EPI (Equipamento de Proteção Individual).

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Bibliographic Details
Main Author: Gomide,Márcia
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2005
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000400027
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