O mercado de trabalho da agroindústria canavieira: desafios e oportunidades
O crescimento da produção de açúcar e álcool, devido ao aumento do uso de álcool combustível, tanto no Brasil quanto para atender a demanda externa, bem como por causa do crescimento das exportações de açúcar, traz ótimas perspectivas para o setor. Contudo, a proibição da queima da cana-de-açúcar como método de despalha faz acelerar a mecanização da colheita, com impactos negativos sobre o número de empregados da lavoura canavieira, visto que serão criados empregos na indústria do açúcar e do álcool, mas haverá redução dos mesmos na área agrícola. Ademais, haverá mudança no perfil requerido do trabalhador agrícola, atualmente de baixa escolaridade. Em 2005, segundo a PNAD, havia 519.197 empregados na cultura da cana-de-açúcar do Brasil, cuja escolaridade média era de 3,9 anos de estudo; 70% tinham até quatro anos de estudo e, destes, 154.598 podem ser considerados analfabetos funcionais (até 1 ano de estudo). Considerando-se que muitos são migrantes dos Estados mais pobres do Brasil, evidencia-se a necessidade de política pública nos locais de origem, dado o cenário de redução de demanda pelos trabalhadores de baixa escolaridade.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
2007
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-80502007000400008 |
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Summary: | O crescimento da produção de açúcar e álcool, devido ao aumento do uso de álcool combustível, tanto no Brasil quanto para atender a demanda externa, bem como por causa do crescimento das exportações de açúcar, traz ótimas perspectivas para o setor. Contudo, a proibição da queima da cana-de-açúcar como método de despalha faz acelerar a mecanização da colheita, com impactos negativos sobre o número de empregados da lavoura canavieira, visto que serão criados empregos na indústria do açúcar e do álcool, mas haverá redução dos mesmos na área agrícola. Ademais, haverá mudança no perfil requerido do trabalhador agrícola, atualmente de baixa escolaridade. Em 2005, segundo a PNAD, havia 519.197 empregados na cultura da cana-de-açúcar do Brasil, cuja escolaridade média era de 3,9 anos de estudo; 70% tinham até quatro anos de estudo e, destes, 154.598 podem ser considerados analfabetos funcionais (até 1 ano de estudo). Considerando-se que muitos são migrantes dos Estados mais pobres do Brasil, evidencia-se a necessidade de política pública nos locais de origem, dado o cenário de redução de demanda pelos trabalhadores de baixa escolaridade. |
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