TRAJETÓRIA PROFISSIONAL DE MULHERES CIENTISTAS À LUZ DOS ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO

RESUMO. A ciência foi instituída por homens e a atuação feminina nesse campo foi negada por longos anos. Apesar da redução das desigualdades de gênero no mundo da pesquisa, a tardia e menor inserção feminina ainda tem suas marcas nesse universo. Assim, este estudo teve como objetivo analisar os discursos de pesquisadoras brasileiras acerca das suas trajetórias profissionais com foco nas relações de gênero e no processo de escolha de carreira. Participaram nove mulheres docentes permanentes em programas de pós-graduação stricto sensu, com diversidade de áreas do conhecimento e de níveis na carreira científica. Sete entrevistas foram realizadas pessoalmente e duas com interação de áudio e vídeo. Foi utilizado um roteiro com perguntas-estímulo e, posteriormente, os relatos passaram por uma análise de conteúdo categorial. Os resultados em geral apontaram que as escolhas de carreira das pesquisadoras não passaram por situações explícitas de preconceito ou desigualdade de gênero, mas suas trajetórias profissionais sim. Os resultados são discutidos à luz da literatura da área e sugeridos novos estudos que permitam ampliar as reflexões sobre a temática.

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Bibliographic Details
Main Authors: Barros,Suzane Carvalho da Vitória, Mourão,Luciana
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2020
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722020000100220
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Summary:RESUMO. A ciência foi instituída por homens e a atuação feminina nesse campo foi negada por longos anos. Apesar da redução das desigualdades de gênero no mundo da pesquisa, a tardia e menor inserção feminina ainda tem suas marcas nesse universo. Assim, este estudo teve como objetivo analisar os discursos de pesquisadoras brasileiras acerca das suas trajetórias profissionais com foco nas relações de gênero e no processo de escolha de carreira. Participaram nove mulheres docentes permanentes em programas de pós-graduação stricto sensu, com diversidade de áreas do conhecimento e de níveis na carreira científica. Sete entrevistas foram realizadas pessoalmente e duas com interação de áudio e vídeo. Foi utilizado um roteiro com perguntas-estímulo e, posteriormente, os relatos passaram por uma análise de conteúdo categorial. Os resultados em geral apontaram que as escolhas de carreira das pesquisadoras não passaram por situações explícitas de preconceito ou desigualdade de gênero, mas suas trajetórias profissionais sim. Os resultados são discutidos à luz da literatura da área e sugeridos novos estudos que permitam ampliar as reflexões sobre a temática.