Os exercícios de resistência no contemporâneo: entre fabulações e contágios
O artigo destaca as contribuições de Michel Foucault no que tange à noção de resistência. Os exercícios de resistência desnaturalizam as evidências que compõem nossa vida cotidiana. São práticas anônimas e impessoais que provocam fissuras nos modos de existência instituídos e fazem emergir novos problemas. Objetivou-se ressaltar a positividade dos exercícios de resistência, diferenciando-os daquelas concepções que os abordam exclusivamente como oposição ou reação a um processo instituído. As resistências são imprevisíveis, esboçam outros modos de ação coletiva e desprezam os limites instituídos, imprimindo novos contornos nas formas de luta e nas práticas que se insinuam em meio aos processos de sujeição que aviltam a vida. Com base nos debates desenvolvidos por Foucault apontamos que as resistências são linhas desobedientes que problematizam os princípios de ordenação e conservação da vida. Os exercícios de resistência fazem mutações nos modos de existência, de organização e sentido da participação política, de usos da cidade, das formas de organização do trabalho, de produção do conhecimento e das redes de sociabilidade.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2014
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722014000300012 |
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