Largada pelo marido! O estigma vivido por mulheres em Tianguá-CE

Este artigo descreve um estudo sobre a vivência de rompimento do casamento de mulheres deixadas por seus maridos. Teve como objetivo compreender como mulheres de Tianguá - CE - Brasil vivenciavam a ruptura da relação, descrevendo os fatores reconhecidos como agentes do rompimento da relação amorosa. A partir da experiência vivida morando em Tianguá, nossa hipótese era que essas mulheres vivenciavam o rompimento como uma experiência estigmatizada de desestruturação de sua vida pessoal. Utilizando a metodologia fenomenológica crítica com base na filosofia de Merleau-Ponty, realizamos entrevistas semi-estruturadas com 15 mulheres, com idade entre 25 e 35 anos, que haviam morado com o parceiro e com ele tinham filhos e cuja relação marital tinha se rompido havia pelo menos dois anos. Os resultados confirmaram nossas suspeitas: as mulheres colaboradoras deste estudo se sentiam estigmatizadas, encontrando no corpo um aparato para as emoções que expressavam sua dor e reconhecendo-se como incompetentes e discriminadas pela cultura patriarcal local.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Moreira,Virginia, Guedes,Dilcio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722007000100009
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1413-73722007000100009
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1413-737220070001000092007-07-30Largada pelo marido! O estigma vivido por mulheres em Tianguá-CEMoreira,VirginiaGuedes,Dilcio ruptura de relacionamento estigma fenomenologia Este artigo descreve um estudo sobre a vivência de rompimento do casamento de mulheres deixadas por seus maridos. Teve como objetivo compreender como mulheres de Tianguá - CE - Brasil vivenciavam a ruptura da relação, descrevendo os fatores reconhecidos como agentes do rompimento da relação amorosa. A partir da experiência vivida morando em Tianguá, nossa hipótese era que essas mulheres vivenciavam o rompimento como uma experiência estigmatizada de desestruturação de sua vida pessoal. Utilizando a metodologia fenomenológica crítica com base na filosofia de Merleau-Ponty, realizamos entrevistas semi-estruturadas com 15 mulheres, com idade entre 25 e 35 anos, que haviam morado com o parceiro e com ele tinham filhos e cuja relação marital tinha se rompido havia pelo menos dois anos. Os resultados confirmaram nossas suspeitas: as mulheres colaboradoras deste estudo se sentiam estigmatizadas, encontrando no corpo um aparato para as emoções que expressavam sua dor e reconhecendo-se como incompetentes e discriminadas pela cultura patriarcal local.info:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade Estadual de MaringáPsicologia em Estudo v.12 n.1 20072007-04-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722007000100009pt10.1590/S1413-73722007000100009
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Moreira,Virginia
Guedes,Dilcio
spellingShingle Moreira,Virginia
Guedes,Dilcio
Largada pelo marido! O estigma vivido por mulheres em Tianguá-CE
author_facet Moreira,Virginia
Guedes,Dilcio
author_sort Moreira,Virginia
title Largada pelo marido! O estigma vivido por mulheres em Tianguá-CE
title_short Largada pelo marido! O estigma vivido por mulheres em Tianguá-CE
title_full Largada pelo marido! O estigma vivido por mulheres em Tianguá-CE
title_fullStr Largada pelo marido! O estigma vivido por mulheres em Tianguá-CE
title_full_unstemmed Largada pelo marido! O estigma vivido por mulheres em Tianguá-CE
title_sort largada pelo marido! o estigma vivido por mulheres em tianguá-ce
description Este artigo descreve um estudo sobre a vivência de rompimento do casamento de mulheres deixadas por seus maridos. Teve como objetivo compreender como mulheres de Tianguá - CE - Brasil vivenciavam a ruptura da relação, descrevendo os fatores reconhecidos como agentes do rompimento da relação amorosa. A partir da experiência vivida morando em Tianguá, nossa hipótese era que essas mulheres vivenciavam o rompimento como uma experiência estigmatizada de desestruturação de sua vida pessoal. Utilizando a metodologia fenomenológica crítica com base na filosofia de Merleau-Ponty, realizamos entrevistas semi-estruturadas com 15 mulheres, com idade entre 25 e 35 anos, que haviam morado com o parceiro e com ele tinham filhos e cuja relação marital tinha se rompido havia pelo menos dois anos. Os resultados confirmaram nossas suspeitas: as mulheres colaboradoras deste estudo se sentiam estigmatizadas, encontrando no corpo um aparato para as emoções que expressavam sua dor e reconhecendo-se como incompetentes e discriminadas pela cultura patriarcal local.
publisher Universidade Estadual de Maringá
publishDate 2007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722007000100009
work_keys_str_mv AT moreiravirginia largadapelomaridooestigmavividopormulheresemtianguace
AT guedesdilcio largadapelomaridooestigmavividopormulheresemtianguace
_version_ 1756414559387648000