Desempenho de crianças com e sem necessidades especiais em provas assistidas e psicométricas

Provas cognitivas assistidas, que incluem auxílio do examinador, analisam o processo de resolução de problemas e o potencial de aprendizagem, complementando a avaliação psicométrica tradicional. São úteis especialmente para casos de necessidades educativas especiais (NEE). Este estudo analisou relações entre o desempenho de crianças, com e sem necessidades de educação especial (NEE), em três provas assistidas e duas psicométricas, entre o perfil de desempenho nas provas assistidas e variáveis de status (gênero, escolaridade e NEE). Foram analisados 256 resultados de provas assistidas e 228 psicométricas, obtidos em seis pesquisas, com 228 crianças (125 meninas), com 5-12 anos (M = 8 anos e 6 meses), cursando da Educação Infantil ao Ensino Fundamental (três em classe especial) e apresentando: dificuldade de aprendizagem (63), deficiência visual (6), nascidas prematuras e com baixo peso (38), prematuras e com muito baixo peso (30) e sem NEE (91); nas provas psicométricas, as classificações no Columbia-EMC (69 aplicações) concentraram-se em Média-Inferior (40,5%) e Média (33,3%) e no Raven-MPC (159 aplicações), nas faixas Intelectualmente na Média (45,2%) e Definidamente Acima da Média (23,9%). Quanto às provas assistidas (256 aplicações) - Jogos de Perguntas de Busca com Figuras Geométricas (154 aplicações) e com Figuras Diversas (34 aplicações) e Children's Analogical Thinking Modifiability Test (68 aplicações) predominou o perfil Ganhador (55,8%), seguido do perfil Ganhador Dependente da Assistência (16,8%), Não Mantenedor (14%) e Alto Escore (13,3%). Não houve associações significativas entre o desempenho nas provas assistidas e psicométricas, confirmando-se a proposição de complementaridade dessas metodologias avaliativas, especialmente para crianças com problemas no desenvolvimento.

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Bibliographic Details
Main Authors: Queiroz,Odoisa Antunes de, Enumo,Sônia Regina Fiorim, Primi,Ricardo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382013000300009
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Summary:Provas cognitivas assistidas, que incluem auxílio do examinador, analisam o processo de resolução de problemas e o potencial de aprendizagem, complementando a avaliação psicométrica tradicional. São úteis especialmente para casos de necessidades educativas especiais (NEE). Este estudo analisou relações entre o desempenho de crianças, com e sem necessidades de educação especial (NEE), em três provas assistidas e duas psicométricas, entre o perfil de desempenho nas provas assistidas e variáveis de status (gênero, escolaridade e NEE). Foram analisados 256 resultados de provas assistidas e 228 psicométricas, obtidos em seis pesquisas, com 228 crianças (125 meninas), com 5-12 anos (M = 8 anos e 6 meses), cursando da Educação Infantil ao Ensino Fundamental (três em classe especial) e apresentando: dificuldade de aprendizagem (63), deficiência visual (6), nascidas prematuras e com baixo peso (38), prematuras e com muito baixo peso (30) e sem NEE (91); nas provas psicométricas, as classificações no Columbia-EMC (69 aplicações) concentraram-se em Média-Inferior (40,5%) e Média (33,3%) e no Raven-MPC (159 aplicações), nas faixas Intelectualmente na Média (45,2%) e Definidamente Acima da Média (23,9%). Quanto às provas assistidas (256 aplicações) - Jogos de Perguntas de Busca com Figuras Geométricas (154 aplicações) e com Figuras Diversas (34 aplicações) e Children's Analogical Thinking Modifiability Test (68 aplicações) predominou o perfil Ganhador (55,8%), seguido do perfil Ganhador Dependente da Assistência (16,8%), Não Mantenedor (14%) e Alto Escore (13,3%). Não houve associações significativas entre o desempenho nas provas assistidas e psicométricas, confirmando-se a proposição de complementaridade dessas metodologias avaliativas, especialmente para crianças com problemas no desenvolvimento.