A deficiência intelectual na concepção de educadores da Educação Especial: contribuições da psicologia histórico cultural
Com este estudo objetivamos compreender e refletir acerca da educação escolar oferecida aos alunos com deficiência intelectual, de maneira a conhecer as expectativas de aprendizagem e a concepção dos educadores acerca de deficiência intelectual, imbricadas no ensino com tais alunos. Foram entrevistados 21 educadores os quais pertencem a três escolas especiais (APAEs) localizadas no Estado do Paraná. Os resultados indicam expectativas positivas em relação ao aprendizado escolar dos seus alunos, e contraditoriamente, um processo de naturalização do não aprender, numa concepção de incapacidade para o aprendizado dos conhecimentos científicos, centradas numa irreversibilidade orgânica. Assim, tem-se como óbvio que a capacidade de aprender depende simplesmente do aluno, concepção que nega todas as relações existentes no processo de aprendizagem, negligencia o papel do professor, da escola, da família, do Estado e suas políticas e fortalece os ideais neoliberais, na medida em que compreende questões sociais como se individuais fossem, interrompendo qualquer ligação com sua construção histórica.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE
2011
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100006 |
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Summary: | Com este estudo objetivamos compreender e refletir acerca da educação escolar oferecida aos alunos com deficiência intelectual, de maneira a conhecer as expectativas de aprendizagem e a concepção dos educadores acerca de deficiência intelectual, imbricadas no ensino com tais alunos. Foram entrevistados 21 educadores os quais pertencem a três escolas especiais (APAEs) localizadas no Estado do Paraná. Os resultados indicam expectativas positivas em relação ao aprendizado escolar dos seus alunos, e contraditoriamente, um processo de naturalização do não aprender, numa concepção de incapacidade para o aprendizado dos conhecimentos científicos, centradas numa irreversibilidade orgânica. Assim, tem-se como óbvio que a capacidade de aprender depende simplesmente do aluno, concepção que nega todas as relações existentes no processo de aprendizagem, negligencia o papel do professor, da escola, da família, do Estado e suas políticas e fortalece os ideais neoliberais, na medida em que compreende questões sociais como se individuais fossem, interrompendo qualquer ligação com sua construção histórica. |
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