Cinema e educação: da criança que nos convoca à imagem que nos afronta
Neste artigo, desenvolvo o conceito de criança a partir de uma perspectiva que privilegia analisar, em imagens fílmicas, não uma vontade de verdade sobre a criança, mas uma vontade de potência afirmativa da criança. Num primeiro momento, apresento a distinção entre vontade de verdade (de saber) sobre a criança e vontade de potência afirmativa da criança. Em seguida, baseada em autores como Foucault, Badiou e Xavier, trago algumas discussões de cunho metodológico sobre o conceito de imagem, relacionando-as com o meio cinematográfico. Apóio-me em leituras que abordam tal conceito como integralmente afastado de noções de representação e de perspectivas que procedem como se a imagem pudesse dar conta, apreender em si um "real" que lhe é exterior. Por fim, discuto brevemente alguns filmes e a forma como eles nos lançam ao universo da criança-potência e à dispersão da imagem: ao universo da criação, do novo e do imprevisível.
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
2008
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oai:scielo:S1413-247820080002000112008-09-30Cinema e educação: da criança que nos convoca à imagem que nos afrontaMarcello,Fabiana de Amorim criança cinema imagem Neste artigo, desenvolvo o conceito de criança a partir de uma perspectiva que privilegia analisar, em imagens fílmicas, não uma vontade de verdade sobre a criança, mas uma vontade de potência afirmativa da criança. Num primeiro momento, apresento a distinção entre vontade de verdade (de saber) sobre a criança e vontade de potência afirmativa da criança. Em seguida, baseada em autores como Foucault, Badiou e Xavier, trago algumas discussões de cunho metodológico sobre o conceito de imagem, relacionando-as com o meio cinematográfico. Apóio-me em leituras que abordam tal conceito como integralmente afastado de noções de representação e de perspectivas que procedem como se a imagem pudesse dar conta, apreender em si um "real" que lhe é exterior. Por fim, discuto brevemente alguns filmes e a forma como eles nos lançam ao universo da criança-potência e à dispersão da imagem: ao universo da criação, do novo e do imprevisível.info:eu-repo/semantics/openAccessANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em EducaçãoRevista Brasileira de Educação v.13 n.38 20082008-08-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782008000200011pt10.1590/S1413-24782008000200011 |
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Neste artigo, desenvolvo o conceito de criança a partir de uma perspectiva que privilegia analisar, em imagens fílmicas, não uma vontade de verdade sobre a criança, mas uma vontade de potência afirmativa da criança. Num primeiro momento, apresento a distinção entre vontade de verdade (de saber) sobre a criança e vontade de potência afirmativa da criança. Em seguida, baseada em autores como Foucault, Badiou e Xavier, trago algumas discussões de cunho metodológico sobre o conceito de imagem, relacionando-as com o meio cinematográfico. Apóio-me em leituras que abordam tal conceito como integralmente afastado de noções de representação e de perspectivas que procedem como se a imagem pudesse dar conta, apreender em si um "real" que lhe é exterior. Por fim, discuto brevemente alguns filmes e a forma como eles nos lançam ao universo da criança-potência e à dispersão da imagem: ao universo da criação, do novo e do imprevisível. |
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