EBUS: Uma nova dimensão na broncoscopia
O autor revê neste artigo, sob a forma de editorial, a implementação da ecografia endobrônquica na broncologia, as suas indicações e futuras aplicações. No começo dos anos 90, com o início do desenvolvimento da ecografia endobrônquica, o seu primeiro objectivo era avaliar a infiltração das vias aéreas centrais por tumores externos. A TAC torácica permanece o exame standard de avaliação e estadiamento pré-operatório do cancro do pulmão. Contudo, sabe-se actualmente que este exame imagiológico não é totalmente fidedigno na análise do envolvimento ganglionar e totalmente insuficiente na detecção de infiltração da parede das vias aéreas. O desenvolvimento da EBUS (endobronchial ultrasound), foi inicialmente complicado por motivos técnicos e anatómicos relacionados com as diferentes interfaces da estrutura pulmonar, e, posteriormente, dificilmente aceite pelos pneumologistas, dado o seu reduzido contacto prévio com a ecografia. O primeiro reconhecimento da utilidade desta técnica partiu dos cirurgiões cardiotorácicos ao tentarem saber de antemão a eventual invasão da parede das vias aéreas, nomeadamente da traqueia, antes de cada cirurgia. Actualmente, a ecografia endobrônquica é executada em mais de cem centros de broncoscopia a nível mundial. A ecografia endobrônquica pode ser realizada com uma sonda de 20- MHz, o que permite analisar as diferentes camadas teciduais das vias aéreas centrais, estruturas peritraqueais ou peribrônquicas, avaliação da permeabilidade pós-estenótica da árvore brônquica, ou através de um broncofibroscopio com transducer incorporado de 7,5- MHz que apenas analisa as estruturas adjacentes das vias aéreas centrais, com a possibilidade de puncionar em tempo real essas mesmas estruturas. Estas duas técnicas são complementares, sendo a utilização de uma ou outra dependente das necessidades de cada centro. Apesar de apresentar uma curva de aprendizagem lenta, a EBUS será uma técnica com futuro e que permitiu, nos centros onde é efectuada, a redução drástica do número de mediastinoscopias e aumento da rentabilidade da TBNA (transbronchial needle aspiration).
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Published: |
Sociedade Portuguesa de Pneumologia
2007
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oai:scielo:S0873-215920070001000122007-05-11EBUS: Uma nova dimensão na broncoscopiaBecker,H DO autor revê neste artigo, sob a forma de editorial, a implementação da ecografia endobrônquica na broncologia, as suas indicações e futuras aplicações. No começo dos anos 90, com o início do desenvolvimento da ecografia endobrônquica, o seu primeiro objectivo era avaliar a infiltração das vias aéreas centrais por tumores externos. A TAC torácica permanece o exame standard de avaliação e estadiamento pré-operatório do cancro do pulmão. Contudo, sabe-se actualmente que este exame imagiológico não é totalmente fidedigno na análise do envolvimento ganglionar e totalmente insuficiente na detecção de infiltração da parede das vias aéreas. O desenvolvimento da EBUS (endobronchial ultrasound), foi inicialmente complicado por motivos técnicos e anatómicos relacionados com as diferentes interfaces da estrutura pulmonar, e, posteriormente, dificilmente aceite pelos pneumologistas, dado o seu reduzido contacto prévio com a ecografia. O primeiro reconhecimento da utilidade desta técnica partiu dos cirurgiões cardiotorácicos ao tentarem saber de antemão a eventual invasão da parede das vias aéreas, nomeadamente da traqueia, antes de cada cirurgia. Actualmente, a ecografia endobrônquica é executada em mais de cem centros de broncoscopia a nível mundial. A ecografia endobrônquica pode ser realizada com uma sonda de 20- MHz, o que permite analisar as diferentes camadas teciduais das vias aéreas centrais, estruturas peritraqueais ou peribrônquicas, avaliação da permeabilidade pós-estenótica da árvore brônquica, ou através de um broncofibroscopio com transducer incorporado de 7,5- MHz que apenas analisa as estruturas adjacentes das vias aéreas centrais, com a possibilidade de puncionar em tempo real essas mesmas estruturas. Estas duas técnicas são complementares, sendo a utilização de uma ou outra dependente das necessidades de cada centro. Apesar de apresentar uma curva de aprendizagem lenta, a EBUS será uma técnica com futuro e que permitiu, nos centros onde é efectuada, a redução drástica do número de mediastinoscopias e aumento da rentabilidade da TBNA (transbronchial needle aspiration).info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Portuguesa de PneumologiaRevista Portuguesa de Pneumologia v.13 n.1 20072007-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592007000100012pt |
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