Luxação congénita do joelho: que abordagem? Revisão teórica e experiência de um Hospital Pediátrico

Introdução e objectivos: A luxação congénita do joelho é uma anomalia rara que se integra no grupo das deformidades de hiperextensão do joelho. A sua incidência é cerca de 1% da displasia do desenvolvimento da anca. Associa-se com frequência a outras anomalias músculo-esqueléticas, sendo as mais comuns a displasia do desenvolvimento da anca e o pé equino-varo. Em geral, o diagnóstico é estabelecido imediatamente após o nascimento. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, sendo que o primeiro habitualmente resulta em melhor prognóstico. Os autores relatam a sua experiência no tratamento da luxação congénita do joelho e os resultados favoráveis nos doentes submetidos a redução conservadora imediata nas primeiras horas de vida. Material e métodos: Realizou-se um estudo retrospectivo descritivo com base na análise dos processos clínicos dos doentes com o diagnóstico de luxação congénita do joelho tratados no Serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital Maria Pia, entre 1990 e 2008. Resultados: Apresentam-se quatro casos de luxação congénita do joelho: três tratados por métodos conservadores e um submetido a tratamento cirúrgico. Discussão e conclusões: Os autores salientam a importância da redução imediata da luxação nas primeiras horas de vida como fronteira de atitude terapêutica e prognóstico, onde o pediatra pode assumir um papel determinante no reconhecimento e referenciação atempadas. Destacam a importância do exame ortopédico completo, para exclusão de outras deformidades associadas e a aparente irrelevância da patologia de base para o sucesso do tratamento conservador precoce. A propósito dos casos clínicos apresentados, faz-se uma revisão sumária desta patologia.

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Main Authors: Araújo,Luísa Neiva, Almeida,Eduardo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Centro Hospitalar do Porto 2012
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542012000100003
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