Fertilizante potássico aumenta a condutividade elétrica do solo e diminui a produtividade, pigmentos fotossintéticos e níveis de magnésio foliar na cana-de-açúcar

Resumo A fertilização potássica (K+) é muito necessária para o aumento da produtividade de cana-de-açúcar. Por outro lado, o uso de altas doses de K+ pode promover efeitos negativos nas plantas e, consequentemente, diminuir a produtividade. Este estudo avaliou a aplicação de doses de K2O na prolina, pigmentos fotossintéticos (clorofila a, b, total e carotenóides), teores foliares de K+, enxofre (S) e magnésio (Mg), e na produtividade da cana-de-açúcar. Um experimento de campo foi realizado em solo franco-arenoso com seis doses de K2O (0; 25; 50; 100; 200 e 250 kg ha-1), na forma de cloreto de potássio (KCl), e uma variedade de cana-de-açúcar (RB 992506) no ciclo da cana-planta. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com quatro repetições. As doses de K2O, na forma de KCl, promoveram aumento linear da condutividade elétrica do solo (CEsolo), nos níveis foliares de K+ e S e diminuição linear nos níveis de Mg. As doses de K2O 147, 128, 135 e 150 kg ha-1 promoveram os maiores teores de clorofila total, carotenóides, prolina e produtividade, respectivamente. A partir dessas doses houve diminuição dessas variáveis. A CEsolo associada com a máxima produtividade da cana-de-açúcar, 150 kg ha-1 de K2O, foi de 1.38 dSm-1. A adubação potássica não deve ultrapassar 150 kg ha-1 de K2O, na forma de KCl, devido aos seus efeitos negativos na produtividade e, também, nos níveis foliares de clorofila total, carotenóides, prolina e Mg em razão do aumento da CE do solo.

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Main Authors: Rocha,Igor T. M. da, Silva,Anibia V. da, Freire,Fernando J., Oliveira,Emídio C. A. de, Souza,Edivan R. de, Endres,Laurício
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal 2023
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2023000100031
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Summary:Resumo A fertilização potássica (K+) é muito necessária para o aumento da produtividade de cana-de-açúcar. Por outro lado, o uso de altas doses de K+ pode promover efeitos negativos nas plantas e, consequentemente, diminuir a produtividade. Este estudo avaliou a aplicação de doses de K2O na prolina, pigmentos fotossintéticos (clorofila a, b, total e carotenóides), teores foliares de K+, enxofre (S) e magnésio (Mg), e na produtividade da cana-de-açúcar. Um experimento de campo foi realizado em solo franco-arenoso com seis doses de K2O (0; 25; 50; 100; 200 e 250 kg ha-1), na forma de cloreto de potássio (KCl), e uma variedade de cana-de-açúcar (RB 992506) no ciclo da cana-planta. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com quatro repetições. As doses de K2O, na forma de KCl, promoveram aumento linear da condutividade elétrica do solo (CEsolo), nos níveis foliares de K+ e S e diminuição linear nos níveis de Mg. As doses de K2O 147, 128, 135 e 150 kg ha-1 promoveram os maiores teores de clorofila total, carotenóides, prolina e produtividade, respectivamente. A partir dessas doses houve diminuição dessas variáveis. A CEsolo associada com a máxima produtividade da cana-de-açúcar, 150 kg ha-1 de K2O, foi de 1.38 dSm-1. A adubação potássica não deve ultrapassar 150 kg ha-1 de K2O, na forma de KCl, devido aos seus efeitos negativos na produtividade e, também, nos níveis foliares de clorofila total, carotenóides, prolina e Mg em razão do aumento da CE do solo.