Perda de vegetação e Políticas Públicas: Estudo de uma Área de Assentamento de Reforma Agrária na Amazônia Meridional

Resumo As famílias beneficiárias da reforma agrária, alocadas em um novo projeto de assentamento, enfrentam dificuldades de subsistência. Apesar de sua importância social e econômica, a criação dos assentamentos tem se tornado ponto de discussão, como um dos grandes responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. A pesquisa objetivou quantificar e avaliar o desmatamento no Projeto de Assentamento São Pedro, município de Paranaíta, Estado do Mato Grosso (Brasil), no intervalo de 22 anos, para entender até que ponto a política da reforma agraria está relacionada com o crescimento do desmatamento. O estudo da evolução do desmatamento baseou-se em análises comparativas a partir de mapas temáticos dos anos de 1997 a 2018, elaborados por meio do sensoriamento remoto. No ano de criação, a área era constituída em 91,51% de vegetação e apenas 8,49% de áreas desmatadas. Já em 2018, a situação é o inverso, 82,73% da área total está desmatada o que equivale a 28.869,58 ha, com uma média 1.312,25 ha/ano. Os maiores índices de desmatamento foram apresentados nos anos de liberação e aplicação do crédito agrícola através do Pronaf, permitindo concluir que a ausência ou insuficiência das medidas da política agrícola nacional, destinadas às famílias assentadas, exerce efeito direto nos índices de desmatamento.

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Main Authors: Lima,Rogério B. de, Lima,Sabrina M. B. S. B. de, Calvi,Miquéias F., Morais,Vinicius A.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal 2020
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2020000200169
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