Percepção de risco de adoecimento por COVID-19 entre trabalhadores de unidades de saúde
Resumo Objetivos: avaliar a validade dimensional da escala de percepção de risco de adoecimento por COVID-19 e sua associação com fatores sociodemográficos, ocupacionais e com queixas de sono, entre trabalhadores da saúde. Métodos: estudo seccional, com trabalhadores da saúde do Rio de Janeiro que, entre maio e agosto de 2020, preencheram questionário online sobre seu trabalho, percepção de risco de adoecimento por COVID-19 e comportamentos de saúde. Utilizou-se análise fatorial e modelos de regressão logística binomial e multinomial, ajustados por variáveis de confusão. Resultados: participaram 2.996 trabalhadores. A análise fatorial corroborou a unidimensionalidade da escala. Chances mais elevadas de alta percepção de risco foram observadas entre mulheres, os que cuidavam de crianças/idosos, aqueles com jornada de trabalho > 40h/semana e trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, hospitais gerais e especializados. A alta percepção de risco associou-se à alteração na duração do sono (OR = 2,39; IC95% = 1,95; 2,94), uso (OR = 2,08; IC95% = 1,67; 2,58) e aumento da dose de medicamentos para dormir (OR = 1,91; IC95% = 1,47; 2,48). Conclusão: a percepção de risco esteve associada ao sexo feminino, cuidar de crianças/idosos, maior jornada de trabalho, queixas de sono e uso de medicamentos para dormir. A investigação dos fatores associados a eventos estressantes, como a pandemia da COVID-19, pode corroborar o planejamento de ações para a prevenção de doenças entre trabalhadores de saúde.
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Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO
2022
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oai:scielo:S0303-765720220001012012022-08-03Percepção de risco de adoecimento por COVID-19 entre trabalhadores de unidades de saúdeGriep,Rosane HärterSilva-Costa,AlineSantos,Raíla de SouzaAlves,Davi da Silveira BarrosoRotenberg,Lúcia COVID-19 trabalhadores da saúde risco ocupacional estudos transversais saúde do trabalhador Resumo Objetivos: avaliar a validade dimensional da escala de percepção de risco de adoecimento por COVID-19 e sua associação com fatores sociodemográficos, ocupacionais e com queixas de sono, entre trabalhadores da saúde. Métodos: estudo seccional, com trabalhadores da saúde do Rio de Janeiro que, entre maio e agosto de 2020, preencheram questionário online sobre seu trabalho, percepção de risco de adoecimento por COVID-19 e comportamentos de saúde. Utilizou-se análise fatorial e modelos de regressão logística binomial e multinomial, ajustados por variáveis de confusão. Resultados: participaram 2.996 trabalhadores. A análise fatorial corroborou a unidimensionalidade da escala. Chances mais elevadas de alta percepção de risco foram observadas entre mulheres, os que cuidavam de crianças/idosos, aqueles com jornada de trabalho > 40h/semana e trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, hospitais gerais e especializados. A alta percepção de risco associou-se à alteração na duração do sono (OR = 2,39; IC95% = 1,95; 2,94), uso (OR = 2,08; IC95% = 1,67; 2,58) e aumento da dose de medicamentos para dormir (OR = 1,91; IC95% = 1,47; 2,48). Conclusão: a percepção de risco esteve associada ao sexo feminino, cuidar de crianças/idosos, maior jornada de trabalho, queixas de sono e uso de medicamentos para dormir. A investigação dos fatores associados a eventos estressantes, como a pandemia da COVID-19, pode corroborar o planejamento de ações para a prevenção de doenças entre trabalhadores de saúde.info:eu-repo/semantics/openAccessFundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRORevista Brasileira de Saúde Ocupacional v.47 20222022-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572022000101201pt10.1590/2317-6369/18721pt2022v47ecov4 |
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