Depois da tempestade, o relato Experiência e narrativa em Primo Levi
Resumo Neste ensaio investigamos de que maneira o longevo topos “depois da tempestade, a bonança” comparece em autores como Homero, Aristóteles, Virgílio, Dante Alighieri, Giacomo Leopardi e Herman Melville para, em seguida, analisarmos sua presença no trabalho de Primo Levi (1919-1987), químico turinense e escritor que sobreviveu e testemunhou os horrores de Auschwitz. Embora o referido lugar-comum apareça, de forma mais evidente, em Os Afogados e os sobreviventes (1986/2016), seus pressupostos ampararam as reflexões de Levi sobre as experiências no Lager, especialmente no que diz respeito aos limites da representação. O itinerário de uma tópica em diferentes (con)textos admite significados nem sempre análogos, pois cada formulação se ampara em prescrições, categorias, orientações e estilos particulares. Por meio deste estudo, pretende-se contribuir com as reflexões sobre o “irrepresentável” na literatura de testemunho, evidenciando um esforço no sentido de figurar o inaudito e amplificar eventos dramáticos e/ou trágicos com argumentos convencionais, muitos deles provenientes de práticas letradas antigas.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais
2021
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752021000500883 |
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oai:scielo:S0104-877520210005008832021-11-03Depois da tempestade, o relato Experiência e narrativa em Primo LeviFELIPE,Cleber Vinicius do Amaral lugar-comum Auschwitz Primo Levi Resumo Neste ensaio investigamos de que maneira o longevo topos “depois da tempestade, a bonança” comparece em autores como Homero, Aristóteles, Virgílio, Dante Alighieri, Giacomo Leopardi e Herman Melville para, em seguida, analisarmos sua presença no trabalho de Primo Levi (1919-1987), químico turinense e escritor que sobreviveu e testemunhou os horrores de Auschwitz. Embora o referido lugar-comum apareça, de forma mais evidente, em Os Afogados e os sobreviventes (1986/2016), seus pressupostos ampararam as reflexões de Levi sobre as experiências no Lager, especialmente no que diz respeito aos limites da representação. O itinerário de uma tópica em diferentes (con)textos admite significados nem sempre análogos, pois cada formulação se ampara em prescrições, categorias, orientações e estilos particulares. Por meio deste estudo, pretende-se contribuir com as reflexões sobre o “irrepresentável” na literatura de testemunho, evidenciando um esforço no sentido de figurar o inaudito e amplificar eventos dramáticos e/ou trágicos com argumentos convencionais, muitos deles provenientes de práticas letradas antigas.info:eu-repo/semantics/openAccessPós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas GeraisVaria Historia v.37 n.75 20212021-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752021000500883pt10.1590/0104-87752021000300010 |
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