Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: saúde e assistência se tornam públicas (1875-1910)
O objetivo desta discussão é avaliar as atividades desenvolvidas na Santa Casa de Misericórdia da cidade de São Paulo a partir do entrelaçamento dos temas Estado, filantropia e assistência. O essencial será observar como mudanças na compreensão das doenças foram importantes ao tornar a própria moléstia uma questão múltipla: administrativa, sanitária e científica. Sob esse aspecto é possível perceber o início da construção do grande hospital de clínicas da instituição, em 1878, finalizado em 1885, como marco para a condução da atenção médica à população em crescimento no estado. Três pontos irão definir como se deu a ampliação do atendimento ali realizado: aquele relacionado à ação da filantropia paulista com vistas a fornecer atenção preferencial para a mão de obra imigrante; a implantação da administração republicana da saúde; e, finalmente, a centralidade do corpo de médicos da instituição no exercício de certa hegemonia científica.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais
2010
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752010000200004 |
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Summary: | O objetivo desta discussão é avaliar as atividades desenvolvidas na Santa Casa de Misericórdia da cidade de São Paulo a partir do entrelaçamento dos temas Estado, filantropia e assistência. O essencial será observar como mudanças na compreensão das doenças foram importantes ao tornar a própria moléstia uma questão múltipla: administrativa, sanitária e científica. Sob esse aspecto é possível perceber o início da construção do grande hospital de clínicas da instituição, em 1878, finalizado em 1885, como marco para a condução da atenção médica à população em crescimento no estado. Três pontos irão definir como se deu a ampliação do atendimento ali realizado: aquele relacionado à ação da filantropia paulista com vistas a fornecer atenção preferencial para a mão de obra imigrante; a implantação da administração republicana da saúde; e, finalmente, a centralidade do corpo de médicos da instituição no exercício de certa hegemonia científica. |
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