Entre França e Brasil: viagens antropológicas num campo (religioso) minado
Resumo Partindo da premissa de que o par sociológico clássico “religião/seita” não possui a mesma densidade histórica ou o mesmo valor descritivo em todos os contextos, a autora investiga as atividades de uma associação francesa empenhada no combate às “seitas”, tomando como foco de análise as acusações contra um determinado templo umbandista em Paris. As acusações, visando tanto as pretensões terapêuticas quanto as pretensões religiosas do templo, seriam calcadas numa percepção que busca traduzir experiências diversificadas em princípios únicos e de valor universal. Na sua defesa, os representantes do templo destacam sua tentativa sistemática e institucionalizada de incorporar os diferentes universos “étnicos” da sua população como meios adequados para conviver com as diferenças culturais numa mesma nação. A comparação dos dois discursos mostra como o projeto multiculturalista americano contrasta fortemente com o projeto francês de homogeneização das diferenças.
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - IFCH-UFRGS
1999
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oai:scielo:S0104-718319990001000352015-12-01Entre França e Brasil: viagens antropológicas num campo (religioso) minadoBirman,Patrícia cultos afro-brasileiros França religião seitas Resumo Partindo da premissa de que o par sociológico clássico “religião/seita” não possui a mesma densidade histórica ou o mesmo valor descritivo em todos os contextos, a autora investiga as atividades de uma associação francesa empenhada no combate às “seitas”, tomando como foco de análise as acusações contra um determinado templo umbandista em Paris. As acusações, visando tanto as pretensões terapêuticas quanto as pretensões religiosas do templo, seriam calcadas numa percepção que busca traduzir experiências diversificadas em princípios únicos e de valor universal. Na sua defesa, os representantes do templo destacam sua tentativa sistemática e institucionalizada de incorporar os diferentes universos “étnicos” da sua população como meios adequados para conviver com as diferenças culturais numa mesma nação. A comparação dos dois discursos mostra como o projeto multiculturalista americano contrasta fortemente com o projeto francês de homogeneização das diferenças.info:eu-repo/semantics/openAccessPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Social - IFCH-UFRGSHorizontes Antropológicos v.5 n.10 19991999-05-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71831999000100035pt10.1590/S0104-71831999000100003 |
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