A produção de vacinas é estratégica para o Brasil
A produção de imunobiológicos deveria ser assumida pelo governo federal como atividade estratégica para o país e tratada em plano diretor que instituísse mecanismos para assegurar competitividade aos laboratórios nacionais. É o que sustenta, nesta entrevista, o médico João Baptista Risi Júnior, uma das maiores autoridades em epidemiologia do Brasil. Fluminense de Niterói, Risi Júnior é um vasto arquivo humano da história da imunização brasileira. Com as credenciais de quem coordenou a Campanha de Erradicação da Varíola no estado do Rio de Janeiro (de 1968 a 1970), chefiou o Setor de Epidemiologia da Fundação SESP (de 1974 a 1979), foi secretário nacional de Ações Básicas de Saúde (de 1980 a 1988) e por duas vezes secretário nacional de Vigilância Sanitária (em 1992 e 1999), ele se recusa a situar em campos opostos a estratégia dos dias nacionais de vacinação e a defesa dos serviços permanentes de atenção integral, universal e descentralizada de saúde. O atual representante no Brasil da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) preconiza o uso de todos os recursos possíveis e a convivência da gestão centralizada, necessária à padronização do Brasil continental, com a ação local, descentralizada, prioridade do Sistema ùnico de Saúde (SUS). Neste depoimento concedido a Carlos Fidélis Ponte, ele também não poupou críticas à instabilidade institucional e à descontinuidade administrativa, pelo desperdício de experiências históricas que, consideradas no presente, ajudariam a reduzir os erros e a multiplicar os acertos no serviço público de atendimento integral à saúde. Erros e acertos que, no encontro de contas, põem em jogo vidas humanas.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz
2003
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