Prevalência de consultas médicas e fatores associados: um estudo de base populacional no sul do Brasil
OBJETIVO: Descrever a prevalência de consultas médicas e os fatores associados na população adulta de um município de médio porte do sul do Brasil. MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal de base populacional em Lages, Santa Catarina. A população de referência foram os adultos (20 a 59 anos). O processo de amostragem foi por conglomerados e foram entrevistadas 2.022 pessoas. O desfecho foi a realização de consulta médica nos 12 meses anteriores à pesquisa. Também foram coletadas informações relativas à natureza do serviço utilizado (público/privado) e a avaliação do mesmo. As variáveis independentes foram sexo, raça/cor de pele, estado civil, renda per capita, escolaridade, autopercepção da saúde, estado nutricional, diabetes autorreferido, nível pressórico elevado, tabagismo e problemas com álcool. Foi realizada regressão de Poisson obtendo-se a Razão de Prevalência como medida de efeito. RESULTADOS: A prevalência de consultas médicas nos 12 meses anteriores à entrevista foi de 76% (IC95% 73,6-78,4). As mulheres, os mais ricos, aqueles com diabetes, fumantes, ex-fumantes, com problemas com álcool e que avaliaram negativamente a sua saúde reportaram maior prevalência do desfecho. Também se observou que entre os estratos com menor renda a utilização do Sistema Único de Saúde para a realização das consultas médicas foi mais elevada. CONCLUSÃO: A realização de consultas médicas variou entre estratos da população. As políticas de saúde das três esferas de governo devem considerar tal desigualdade para subsidiar suas ações para o setor a fim de propor políticas equânimes.
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Médica Brasileira
2010
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000100014 |
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Summary: | OBJETIVO: Descrever a prevalência de consultas médicas e os fatores associados na população adulta de um município de médio porte do sul do Brasil. MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal de base populacional em Lages, Santa Catarina. A população de referência foram os adultos (20 a 59 anos). O processo de amostragem foi por conglomerados e foram entrevistadas 2.022 pessoas. O desfecho foi a realização de consulta médica nos 12 meses anteriores à pesquisa. Também foram coletadas informações relativas à natureza do serviço utilizado (público/privado) e a avaliação do mesmo. As variáveis independentes foram sexo, raça/cor de pele, estado civil, renda per capita, escolaridade, autopercepção da saúde, estado nutricional, diabetes autorreferido, nível pressórico elevado, tabagismo e problemas com álcool. Foi realizada regressão de Poisson obtendo-se a Razão de Prevalência como medida de efeito. RESULTADOS: A prevalência de consultas médicas nos 12 meses anteriores à entrevista foi de 76% (IC95% 73,6-78,4). As mulheres, os mais ricos, aqueles com diabetes, fumantes, ex-fumantes, com problemas com álcool e que avaliaram negativamente a sua saúde reportaram maior prevalência do desfecho. Também se observou que entre os estratos com menor renda a utilização do Sistema Único de Saúde para a realização das consultas médicas foi mais elevada. CONCLUSÃO: A realização de consultas médicas variou entre estratos da população. As políticas de saúde das três esferas de governo devem considerar tal desigualdade para subsidiar suas ações para o setor a fim de propor políticas equânimes. |
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