O aborto, uma condição para a emancipação feminina
Na França, o atraso com relação a outros países ocidentais sobre a liberalização do controle de nascimentos se explica pela existência de um natalismo de Estado. A contracepção foi autorizada somente em 1967, com muitas restrições. Os eventos de maio de 68 e, sobretudo, a ascenção do feminismo conseguiram impor uma liberalização maior, que permitiu às mulheres, em 1975, o direito de solicitar um aborto nas primeiras dez semanas de gravidez. A autora, socióloga, participou ativamente do movimento de mulheres. Paralelamente, ela escolheu o aborto como tema de pesquisa. É sua trajetória, por meio das diferentes etapas da liberação, mas também os problemas sociológicos e políticos que ela pôde identificar objeto deste artigo, assim como a apresentação dos principais resultados de pesquisa.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina
2008
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2008000200020 |
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Summary: | Na França, o atraso com relação a outros países ocidentais sobre a liberalização do controle de nascimentos se explica pela existência de um natalismo de Estado. A contracepção foi autorizada somente em 1967, com muitas restrições. Os eventos de maio de 68 e, sobretudo, a ascenção do feminismo conseguiram impor uma liberalização maior, que permitiu às mulheres, em 1975, o direito de solicitar um aborto nas primeiras dez semanas de gravidez. A autora, socióloga, participou ativamente do movimento de mulheres. Paralelamente, ela escolheu o aborto como tema de pesquisa. É sua trajetória, por meio das diferentes etapas da liberação, mas também os problemas sociológicos e políticos que ela pôde identificar objeto deste artigo, assim como a apresentação dos principais resultados de pesquisa. |
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