Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda

No contexto religioso afro-brasileiro, alguns pesquisadores defendem ser o caboclo resultado do processo de nacionalização de hábitos africanos, em que o negro transmuta-se no que acredita ser indígena, a partir da imagem do índio na literatura romântica, tentando garantir um lugar para si no país após a escravidão. Neste artigo discute-se a pertinência desse argumento ao investigar a presença de entidades caboclas em sua vertente feminina, através de uma comparação destas com as imagens idealizadas de índias românticas. Advoga-se que, para entender a função das caboclas no panteão umbandista e em vidas de mulheres contemporâneas, será preciso dar ouvidos ao que elas dizem através de suas médiuns, relacionando seu discurso com as histórias de vida dessas mulheres e com a experiência social concreta das comunidades que se lhes devotam.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Rotta,Raquel Redondo, Bairrão,José Francisco Miguel Henriques
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2007000300007
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S0104-026X2007000300007
record_format ojs
spelling oai:scielo:S0104-026X20070003000072008-07-23Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbandaRotta,Raquel RedondoBairrão,José Francisco Miguel Henriques gênero umbanda etnopsicologia indianismo No contexto religioso afro-brasileiro, alguns pesquisadores defendem ser o caboclo resultado do processo de nacionalização de hábitos africanos, em que o negro transmuta-se no que acredita ser indígena, a partir da imagem do índio na literatura romântica, tentando garantir um lugar para si no país após a escravidão. Neste artigo discute-se a pertinência desse argumento ao investigar a presença de entidades caboclas em sua vertente feminina, através de uma comparação destas com as imagens idealizadas de índias românticas. Advoga-se que, para entender a função das caboclas no panteão umbandista e em vidas de mulheres contemporâneas, será preciso dar ouvidos ao que elas dizem através de suas médiuns, relacionando seu discurso com as histórias de vida dessas mulheres e com a experiência social concreta das comunidades que se lhes devotam.info:eu-repo/semantics/openAccessCentro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa CatarinaRevista Estudos Feministas v.15 n.3 20072007-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2007000300007pt10.1590/S0104-026X2007000300007
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Rotta,Raquel Redondo
Bairrão,José Francisco Miguel Henriques
spellingShingle Rotta,Raquel Redondo
Bairrão,José Francisco Miguel Henriques
Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda
author_facet Rotta,Raquel Redondo
Bairrão,José Francisco Miguel Henriques
author_sort Rotta,Raquel Redondo
title Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda
title_short Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda
title_full Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda
title_fullStr Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda
title_full_unstemmed Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda
title_sort inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda
description No contexto religioso afro-brasileiro, alguns pesquisadores defendem ser o caboclo resultado do processo de nacionalização de hábitos africanos, em que o negro transmuta-se no que acredita ser indígena, a partir da imagem do índio na literatura romântica, tentando garantir um lugar para si no país após a escravidão. Neste artigo discute-se a pertinência desse argumento ao investigar a presença de entidades caboclas em sua vertente feminina, através de uma comparação destas com as imagens idealizadas de índias românticas. Advoga-se que, para entender a função das caboclas no panteão umbandista e em vidas de mulheres contemporâneas, será preciso dar ouvidos ao que elas dizem através de suas médiuns, relacionando seu discurso com as histórias de vida dessas mulheres e com a experiência social concreta das comunidades que se lhes devotam.
publisher Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina
publishDate 2007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2007000300007
work_keys_str_mv AT rottaraquelredondo inscricoesdofemininoliteraturaromanticaetransedecaboclasnaumbanda
AT bairraojosefranciscomiguelhenriques inscricoesdofemininoliteraturaromanticaetransedecaboclasnaumbanda
_version_ 1756407536827760640