A inflexão de gênero na construção de uma nova especialidade médica

Este artigo apresenta o processo de construção de uma nova especialidade médica, os Cuidados Paliativos, voltada a doentes "fora de possibilidades terapêuticas de cura". A proposta surgiu nos anos 1960 na Inglaterra e foi implementada no Brasil no final dos anos 1980. A especialidade se caracteriza pelo acompanhamento do morrer e por postular uma "assistência espiritual" ao doente e a seus familiares, abarcando também o universo das emoções. Observação etnográfica e entrevistas com profissionais brasileiros constataram uma maioria de mulheres entre as equipes de saúde envolvidas nessa proposta. O artigo discute e analisa a articulação ente a construção da especialidade e as representações de gênero presentes entre os profissionais que, por seu turno, refletem imagens sociais difundidas sobre o morrer, crenças, emoções e papéis desempenhados por mulheres e homens nessas esferas.

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Main Authors: Menezes,Rachel Aisengart, Heilborn,Maria Luiza
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2007000300004
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spelling oai:scielo:S0104-026X20070003000042008-07-23A inflexão de gênero na construção de uma nova especialidade médicaMenezes,Rachel AisengartHeilborn,Maria Luiza gênero profissão médica vida e morte Este artigo apresenta o processo de construção de uma nova especialidade médica, os Cuidados Paliativos, voltada a doentes "fora de possibilidades terapêuticas de cura". A proposta surgiu nos anos 1960 na Inglaterra e foi implementada no Brasil no final dos anos 1980. A especialidade se caracteriza pelo acompanhamento do morrer e por postular uma "assistência espiritual" ao doente e a seus familiares, abarcando também o universo das emoções. Observação etnográfica e entrevistas com profissionais brasileiros constataram uma maioria de mulheres entre as equipes de saúde envolvidas nessa proposta. O artigo discute e analisa a articulação ente a construção da especialidade e as representações de gênero presentes entre os profissionais que, por seu turno, refletem imagens sociais difundidas sobre o morrer, crenças, emoções e papéis desempenhados por mulheres e homens nessas esferas.info:eu-repo/semantics/openAccessCentro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa CatarinaRevista Estudos Feministas v.15 n.3 20072007-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2007000300004pt10.1590/S0104-026X2007000300004
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