INSPEÇÃO SANITÁRIA E CRITÉRIO DE JULGAMENTO DA CISTICERCOSE BOVINA CALCIFICADA. INFECÇÃO LEVE

O experimento objetivou avaliar os riscos para a saúde pública da cisticercose e da teníase através da infecção da carne de bovinos pelo Cysticercus bovis e a Taeniarhyncus saginatus (Taenia saginata, GOEZE, 1782). A pesquisa, ao nível de matadouro no Estado do Rio Grande do Sul, concentrou-se no grau de "infecção leve", ou seja, na constatação de um único cisticerco calcificado, no conjunto de órgãos, vísceras e carcaças, buscando-se a existência de outros cisticercos, especialmente os vivos, através do fatiamento de massas musculares dos segmentos mais valorizados da carcaça (filé mignon, filé de lombo, alcatra, coxão mole, coxão duro, patinho e lagarto). Das 16 carcaças utilizadas no experimento, 5 delas (31,25%) acusaram presença de cisticerco em um de seus cortes nobres fatiados, sendo que em 2 delas (12,5%) os cisticercos eram vivos e, em 3 (18,75%), eram degenerados (calcificados). O experimento, inclusive calcado em literatura disponível e na regulamentação a propósito de diversos países, permitiu recomendar à Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal, do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária, a revisão do Art. n0 176, Parágrafo 2º, Inciso 3, do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, que permite o aproveitamento para o consumo de carcaças que apresentam um único cisto já calcificado, sem qualquer tratamento prévio.

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Bibliographic Details
Main Author: Rodrigues,Lauro Vicente Campello
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 1993
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84781993000300017
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Description
Summary:O experimento objetivou avaliar os riscos para a saúde pública da cisticercose e da teníase através da infecção da carne de bovinos pelo Cysticercus bovis e a Taeniarhyncus saginatus (Taenia saginata, GOEZE, 1782). A pesquisa, ao nível de matadouro no Estado do Rio Grande do Sul, concentrou-se no grau de "infecção leve", ou seja, na constatação de um único cisticerco calcificado, no conjunto de órgãos, vísceras e carcaças, buscando-se a existência de outros cisticercos, especialmente os vivos, através do fatiamento de massas musculares dos segmentos mais valorizados da carcaça (filé mignon, filé de lombo, alcatra, coxão mole, coxão duro, patinho e lagarto). Das 16 carcaças utilizadas no experimento, 5 delas (31,25%) acusaram presença de cisticerco em um de seus cortes nobres fatiados, sendo que em 2 delas (12,5%) os cisticercos eram vivos e, em 3 (18,75%), eram degenerados (calcificados). O experimento, inclusive calcado em literatura disponível e na regulamentação a propósito de diversos países, permitiu recomendar à Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal, do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária, a revisão do Art. n0 176, Parágrafo 2º, Inciso 3, do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, que permite o aproveitamento para o consumo de carcaças que apresentam um único cisto já calcificado, sem qualquer tratamento prévio.