Organização do serviço e análise de redes sociais: estudo de caso na Vigilância em Saúde Ambiental
Discute-se a relação entre as redes sociais em ambientes de trabalho e sua influência na organização do serviço. Como cenário, investigou-se o contexto da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Substâncias Químicas (VIGISOLO), um subsistema da Vigilância em Saúde Ambiental (VSA). Essa escolha visou aproveitar o momento propício à incorporação de ajustes pelo qual passa a VSA. Para a construção das redes sociais, levantaram-se dados secundários sobre o subsistema; realizaram-se observações da dinâmica de trabalho, entrevistas e questionários on line. Os dados facultaram identificar as cadeias de relações entre os profissionais e construir os sociogramas representativos dessas ligações para as esferas federal, estadual e municipal de governo. A integração dos sociogramas permitiu a construção da rede coletiva. Esta, constituída por 25 atores, caracterizou-se por apresentar poucas ligações interpessoais dentre as possíveis, indicando ser uma rede de baixa densidade. Destacaram-se as ligações informais e em pequenos grupos, normalmente associadas à confiança entre os indivíduos. Essa característica dificultou o repasse de informações, comprometendo alguns processos de trabalho. A possibilidade de identificar fragilidades na rotina operacional faz da Análise de Redes Sociais uma abordagem metodológica capaz de contribuir com o serviço, prestando-se como ferramenta balizadora para a gestão.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva
2015
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312015000200443 |
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Summary: | Discute-se a relação entre as redes sociais em ambientes de trabalho e sua influência na organização do serviço. Como cenário, investigou-se o contexto da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Substâncias Químicas (VIGISOLO), um subsistema da Vigilância em Saúde Ambiental (VSA). Essa escolha visou aproveitar o momento propício à incorporação de ajustes pelo qual passa a VSA. Para a construção das redes sociais, levantaram-se dados secundários sobre o subsistema; realizaram-se observações da dinâmica de trabalho, entrevistas e questionários on line. Os dados facultaram identificar as cadeias de relações entre os profissionais e construir os sociogramas representativos dessas ligações para as esferas federal, estadual e municipal de governo. A integração dos sociogramas permitiu a construção da rede coletiva. Esta, constituída por 25 atores, caracterizou-se por apresentar poucas ligações interpessoais dentre as possíveis, indicando ser uma rede de baixa densidade. Destacaram-se as ligações informais e em pequenos grupos, normalmente associadas à confiança entre os indivíduos. Essa característica dificultou o repasse de informações, comprometendo alguns processos de trabalho. A possibilidade de identificar fragilidades na rotina operacional faz da Análise de Redes Sociais uma abordagem metodológica capaz de contribuir com o serviço, prestando-se como ferramenta balizadora para a gestão. |
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