O que ou quem eu sou, afinal de contas? Sou brasileiro ou uruguaio, professor?
O presente trabalho terá como objetivo transformar em tema de reflexão as inquietações de duas crianças, Alicia e João, a respeito de sua nacionalidade; quer dizer, trazer em cena o sentimento ambíguo de pertença que possuem em relação a suas identidades. Diálogos com o pensamento filosófico serão realizados a respeito da fronteira, como lugar onde a naturalização da igualdade é posta por terra; naturalização na qual o conceito de identidade aparece como uma peça monolítica coesa e impenetrável. Defendemos o contrário: que a identidade é efeito de um processo constante, e sempre inacabado, de transformação subjetiva, pela mescla, pela angústia de não ser UM consigo mesmo e nem em relação aos outros. Apostamos, portanto, no universo múltiplo e incalculável do processo identitário, que torna único cada sujeito em seus dilemas.
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UNICAMP - Faculdade de Educação
2010
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