Avaliação da interleucina 3 como marcador prognóstico na sepse
RESUMO Objetivo: Avaliar a acurácia dos níveis de interleucina 3 para predizer prognóstico em pacientes sépticos. Métodos: Conduzimos uma coorte prospectiva que incluiu pacientes adultos internados em unidade de terapia intensiva, que apresentassem sepse ou choque séptico iniciados há até 48 horas. Mediram-se os níveis séricos de interleucina 3 quando da inclusão (dia 1) e nos dias 3 e 7. O desfecho primário analisado foi a mortalidade hospitalar por qualquer causa. Resultados: Foram incluídos 120 pacientes. Os níveis séricos de interleucina 3 dosados à inclusão foram significativamente mais elevados em pacientes que faleceram em comparação aos que sobreviveram à internação hospitalar (91,2pg/mL versus 36pg/mL; p = 0,024). Em modelo de sobrevivência de Cox com inclusão de idade e valores sequenciais de SOFA, os níveis de interleucina 3 mensurados na inclusão mantiveram-se independentemente associados à mortalidade hospitalar (HR 1,032; IC95% 1,010 - 1,055; p = 0,005). Em curva Característica de Operação do Receptor construída para investigação adicional da acurácia da interleucina 3 na predição do prognóstico, encontrou-se área sob a curva de 0,62 (IC95% 0,51 - 0,73; p = 0,024) para mortalidade hospitalar. Valores iniciais de interleucina 3 acima de 127,5pg/mL mostraram-se significativamente associados à mortalidade hospitalar (p = 0,019; OR = 2,97; IC95% 1,27 - 6,97; p = 0,019), entretanto com baixo desempenho (especificidade de 82%, sensibilidade de 39%, valor preditivo positivo de 53%, valor preditivo negativo de 72%, razão de verossimilhança negativa de 0,73 e razão de verossimilhança positiva de 2,16). Conclusão: Níveis elevados de interleucina 3 mostraram-se independentemente associados à mortalidade hospitalar em pacientes sépticos, entretanto com baixo desempenho clínico.
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Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
2018
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oai:scielo:S0103-507X20180004004432019-05-15Avaliação da interleucina 3 como marcador prognóstico na sepseBorges,Isabela NascimentoResende,Carolina BragaVieira,Érica Leandro MarcianoSilva,José Luiz Padilha daAndrade,Marcus Vinícius Melo deSouza,Andrea Jerusa deBadaró,EurípedesCarneiro,Rafael MourãoTeixeira Jr.,Antônio LúcioNobre,Vandack Interleucina-3 Sepse Choque séptico Biomarcadores RESUMO Objetivo: Avaliar a acurácia dos níveis de interleucina 3 para predizer prognóstico em pacientes sépticos. Métodos: Conduzimos uma coorte prospectiva que incluiu pacientes adultos internados em unidade de terapia intensiva, que apresentassem sepse ou choque séptico iniciados há até 48 horas. Mediram-se os níveis séricos de interleucina 3 quando da inclusão (dia 1) e nos dias 3 e 7. O desfecho primário analisado foi a mortalidade hospitalar por qualquer causa. Resultados: Foram incluídos 120 pacientes. Os níveis séricos de interleucina 3 dosados à inclusão foram significativamente mais elevados em pacientes que faleceram em comparação aos que sobreviveram à internação hospitalar (91,2pg/mL versus 36pg/mL; p = 0,024). Em modelo de sobrevivência de Cox com inclusão de idade e valores sequenciais de SOFA, os níveis de interleucina 3 mensurados na inclusão mantiveram-se independentemente associados à mortalidade hospitalar (HR 1,032; IC95% 1,010 - 1,055; p = 0,005). Em curva Característica de Operação do Receptor construída para investigação adicional da acurácia da interleucina 3 na predição do prognóstico, encontrou-se área sob a curva de 0,62 (IC95% 0,51 - 0,73; p = 0,024) para mortalidade hospitalar. Valores iniciais de interleucina 3 acima de 127,5pg/mL mostraram-se significativamente associados à mortalidade hospitalar (p = 0,019; OR = 2,97; IC95% 1,27 - 6,97; p = 0,019), entretanto com baixo desempenho (especificidade de 82%, sensibilidade de 39%, valor preditivo positivo de 53%, valor preditivo negativo de 72%, razão de verossimilhança negativa de 0,73 e razão de verossimilhança positiva de 2,16). Conclusão: Níveis elevados de interleucina 3 mostraram-se independentemente associados à mortalidade hospitalar em pacientes sépticos, entretanto com baixo desempenho clínico.info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIBRevista Brasileira de Terapia Intensiva v.30 n.4 20182018-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000400443pt10.5935/0103-507x.20180064 |
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